O regresso à vida normal para milhões de norte-americanos poderá acontecer “em maio ou à volta disso”, pelo menos a avaliar pelas previsões responsável científico da Operação “Velocidade Warp”, em entrevista à CNN. Com o início do processo de imunização no horizonte próximo, e quando o país acaba de passar a fasquia dos 12 milhões de infetados, Moncef Slaoui acredita que as primeiras vacinações contra a Covid-19 nos EUA poderão acontecer já “em meados de dezembro”.

Segundo Slauoi, se o processo de distribuição e imunização (que envolve o setor militar e privado, além de peritos de saúde do governo) correr bem, antes do verão do próximo ano um número suficiente de americanos estará já protegido contra esta doença, de forma a travar decisivamente o ritmo da sua propagação.

“O nosso plano é que conseguiremos começar a enviar vacinas, para o lado responsável pela imunização, dentro de 24 horas após a aprovação” por parte da Food & Drug Administration (FDA), o regulador norte-americano que já está a avaliar o pedido de “uso de emergência” pedido na sexta-feira passada pela farmacêutica Pfizer. Prevê-se que ainda na primeira quinzena de dezembro (dia 10, segundo algumas notícias) o regulador poderá emitir uma opinião vinculativa sobre se a vacina da Pfizer/BioNTech pode ou não ser distribuída a um número alargado de pessoas.

Se assim for, talvez pelo dia 11 de maio, “esperemos”, já haverá pessoas “em todas as partes dos EUA” a serem inoculadas com a primeira toma da vacina. Poderá ser possível vacinar até 20 milhões de pessoas nos EUA, já em dezembro, e depois cerca de 30 milhões por mês nos meses seguintes.

O mesmo responsável indica que bastaria imunizar cerca de 70% da população para se atingir uma “verdadeira imunidade de grupo”. “Provavelmente isso irá acontecer algures durante o mês de maio ou à volta disso, tendo em conta os nossos planos”, diz Moncef Slauoi, que acrescentou ter esperança de que os americanos – mesmo os mais céticos – tenham uma visão positiva acerca da vacina e que a aceitação seja generalizada. “Isso será um fator crítico para o nosso sucesso”, reconheceu.

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