O regresso à vida normal para milhões de norte-americanos poderá acontecer “em maio ou à volta disso”, pelo menos a avaliar pelas previsões responsável científico da Operação “Velocidade Warp”, em entrevista à CNN. Com o início do processo de imunização no horizonte próximo, e quando o país acaba de passar a fasquia dos 12 milhões de infetados, Moncef Slaoui acredita que as primeiras vacinações contra a Covid-19 nos EUA poderão acontecer já “em meados de dezembro”.
Segundo Slauoi, se o processo de distribuição e imunização (que envolve o setor militar e privado, além de peritos de saúde do governo) correr bem, antes do verão do próximo ano um número suficiente de americanos estará já protegido contra esta doença, de forma a travar decisivamente o ritmo da sua propagação.
Dr. Moncef Slaoui, chief scientific adviser to Operation Warp Speed, says he anticipates that thanks to vaccines, life in the US could return to normal around May pic.twitter.com/PpSDGYzpSb
— Aaron Rupar (@atrupar) November 22, 2020
“O nosso plano é que conseguiremos começar a enviar vacinas, para o lado responsável pela imunização, dentro de 24 horas após a aprovação” por parte da Food & Drug Administration (FDA), o regulador norte-americano que já está a avaliar o pedido de “uso de emergência” pedido na sexta-feira passada pela farmacêutica Pfizer. Prevê-se que ainda na primeira quinzena de dezembro (dia 10, segundo algumas notícias) o regulador poderá emitir uma opinião vinculativa sobre se a vacina da Pfizer/BioNTech pode ou não ser distribuída a um número alargado de pessoas.
Se assim for, talvez pelo dia 11 de maio, “esperemos”, já haverá pessoas “em todas as partes dos EUA” a serem inoculadas com a primeira toma da vacina. Poderá ser possível vacinar até 20 milhões de pessoas nos EUA, já em dezembro, e depois cerca de 30 milhões por mês nos meses seguintes.
O mesmo responsável indica que bastaria imunizar cerca de 70% da população para se atingir uma “verdadeira imunidade de grupo”. “Provavelmente isso irá acontecer algures durante o mês de maio ou à volta disso, tendo em conta os nossos planos”, diz Moncef Slauoi, que acrescentou ter esperança de que os americanos – mesmo os mais céticos – tenham uma visão positiva acerca da vacina e que a aceitação seja generalizada. “Isso será um fator crítico para o nosso sucesso”, reconheceu.