O grupo parlamentar do PSD criticou esta quinta-feira o Governo por “só agora” determinar a elaboração de um plano de vacinação contra a Covid-19, exigindo que o executivo socialista divulgue esta estratégia assim que o documento “seja aprovado”.

Enquanto numerosos países europeus já aprovaram os respetivos planos de vacinação contra a Covid-19, o Governo português só agora determinou a elaboração desse plano, consabidamente um elemento crítico no combate à pandemia”, criticou o PSD, no requerimento, dirigido à ministra da Saúde, Marta Temido.

O PSD acrescentou que está a ser ignorada “toda a logística” associada à vacinação, nomeadamente os “locais e as condições de transporte, armazenamento e administração, os profissionais de saúde responsáveis por essa administração, a definição dos grupos prioritários ou a calendarização e generalização da vacinação da população”.

Por ser “da maior urgência conhecer” este plano o quanto antes, de modo a assegurar um “adequado e atempado planeamento e operacionalização” da vacinação, o partido liderado por Rui Rio requer o “envio do ‘Plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal’, “logo que o mesmo seja aprovado”.

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A task force criada pelo Governo para coordenar este plano, desde a estratégia de vacinação à operação logística associada, tem um mês para definir todo o processo. O despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República, assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde, dá conta de que esta equipa tem um mandato de seis meses, renovável em função do progresso da operacionalização da vacinação contra a Covid-19.

Covid-19. Task force tem 30 dias para definir todo o plano de vacinação

Ao núcleo de coordenação da task force compete entregar em 30 dias todos os documentos necessários para definir na totalidade o plano de vacinação contra a Covid-19, tanto do ponto de vista da logística (armazenamento e distribuição das diferentes vacinas), como da estratégia de vacinação (identificação dos grupos alvo prioritários, administração e seguimento clínico de resultados e reações adversas).

Deve ainda definir um plano de comunicação com a população sobre a vacinação contra a Covid-19, “tendo em vista a disponibilização de informação, de forma objetiva, clara e transparente sobre o processo”, refere o despacho.

Tem ainda de articular com os organismos responsáveis nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores todos os aspetos necessários à concretização do plano de vacinação contra a Covid-19 naquelas regiões.

A task force pode promover audição de organismos relevantes, como associações públicas profissionais e, sempre que entender necessário, solicitar o apoio de outros peritos ou de outras instituições para o desenvolvimento dos trabalhos a realizar”, acrescenta o despacho.

Os elementos que participam na task force não auferem qualquer remuneração pelo exercício das suas funções.

Na semana passada, o primeiro-ministro revelou que Portugal estava preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a Covid-19 e adiantou que Bruxelas prepara um combate às campanhas de desinformação em relação à vacinação.

Covid-19: Portugal preparado para comprar 16 milhões de doses de vacinas