A Pfizer percebeu, em meados de novembro, que não seria possível garantir a produção de 100 milhões de doses até ao final deste ano, como tinha previsto. Um problema com um ou mais componentes da vacina fez com que a farmacêutica só possa assegurar metade da entrega prevista, noticia o jornal The Wall Street Journal.

Para conseguir garantir as entregas, a Pfizer teria de aumentar — e muito — a capacidade de produção, tendo em conta que nunca antes a empresa tinha produzido em larga escala uma vacina baseada na tecnologia do mARN. A falta de qualidade em algum (ou vários) componentes fez com que o processo se atrasasse.

Normalmente, as farmacêuticas só começam a produção em larga escala depois das vacinas ou medicamentos serem aprovados pelas entidades reguladoras. Neste caso, a produção começou antes mesmo dos primeiros resultados preliminares do ensaio clínico de fase 3 terem sido conhecidos. Mais, a cadeia de produção e distribuição começou a ser montada logo em março.

A Pfizer e BioNTech garantem que vão conseguir produzir os 1.300 milhões de vacinas previstas para 2021 e que os 50 milhões em falta também serão produzidos assim que as fábricas tenham as condições para o fazer.

O Reino Unido já a receber as vacinas que vai começar a administrar na segunda-feira. O jornal norte-americano refere que encomenda britânica totaliza 40 milhões de doses para vacinar 20 milhões de pessoas — dos 68 milhões que vivem no Reino Unido. O governo britânico esperava receber até ao final do ano 10 milhões de doses, mas poderá só vir a receber quatro ou cinco milhões.

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