O plano de reestruturação e recuperação da TAP incorpora as projeções mais recentes de retoma da procura, segundo as quais só se voltará ao nível de 2019 daqui a quatro anos, isto num cenário otimista.

Em mensagem enviada aos trabalhadores, e depois de várias tomadas de posição por parte dos sindicatos, o conselho de administração liderado por Miguel Frasquilho, revela que as projeções do plano que vai ser entregue na Comissão Europeia estão entre os cenários mais pessimista e otimista da IATA (associação internacional das companhias aéreas).

“A TAP está a usar, na elaboração do Plano de Reestruturação e de Recuperação, as projeções atualizadas pelas entidades de referência do setor, nomeadamente  a IATA (associação internacional de companhias aéreas), considerando a sua maior adequação à realidade operacional da TAP, companhia com modelo de negócio alicerçado na conexão e no longo curso, sem, ainda assim, descurar as projeções da Eurocontrol.”

Segundo a informação partilhada com os trabalhadores, a companhia vai operar a menos de 50% da sua operação normal (tendo por base 2019) no próximo ano, com a previsão da TAP a aproximar-se mais do cenário otimista da IATA, e afastar-se da projeção mais negativa.  No ano seguinte, em 2022, a retoma poderá permitir regressar a um nível que corresponde a 65% do verificado no ano passado, um número que fica no meio das previsões mais negativa e positiva da associação do setor. Para 2023, a TAP espera a 82% e só em 2024 se antecipa a retoma para um nível de operação próximo do que existia antes da pandemia.

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“Estas projeções trabalham em três cenários de recuperação da procura aos níveis de 2019, tendo a TAP assumido como baseline o cenário equilibrado para os ajustes operacionais do Plano de Reestruturação”.

As previsões foram ainda ajustadas ao ritmo de recuperação esperado para os principais mercados da TAP – tráfego doméstico na Europa e Europa para América do Norte e do Sul, África Subsariana e Norte de África.

Para sustentar as suas previsões, a IATA assumia a 24 de novembro que as vacinas serão distribuídas na segunda metade do ano de 2021, quando entretanto já foram anunciados planos de vacinação massiva em vários países já na primeira metade do ano. A associação considera ainda provável que se venham a verificar “desafios de produção e distribuição”.