A administração Trump recusou a oferta da Pfizer para garantir mais doses da vacina contra a Covid-19, além das 100 milhões de doses já contratualizadas entre os Estados Unidos e a farmacêutica.

De acordo com os jornais New York Times, que avança com a notícia, e Washington Post, a Pfizer instou o governo norte-americano a comprar mais doses de vacinas no verão, ou seja, antes de serem conhecidos os resultados de eficácia da vacina. A quantidade sugerida na altura, porém, não é clara. Enquanto o Washington Post fala em mais 100 milhões de doses, num total de 200 milhões — o que seria suficiente para imunizar 100 milhões de pessoas —, o New York Times refere que foi dada a possibilidade de pedir entre 100 a 500 milhões de doses adicionais.

Recorde-se que a Agência de Medicamentos norte-americana (Food and Drug Administration, FDA na sigla inglesa) está a analisar o pedido de Autorização de Uso de Emergência da vacina da Pfizer/BioNTech e deverá estar por dias a luz verde à vacina.

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A administração tentou comprar mais 100 milhões de doses de vacina no fim de semana passado, mas sem sucesso. Isto porque a Pfizer já se comprometeu em disponibilizar a vacina a outros compradores. Ainda assim, a farmacêutica referiu que poderá fornecer 50 milhões de doses no final do segundo trimestre de 2021 e mais 50 milhões no terceiro trimestre.

A aquisição de mais doses de vacina irá implicar, contudo, um novo acordo entre o governo norte-americano e a Pfizer, garantiu a porta-voz da farmacêutica ao Washington Post.

O presidente dos Estados Unidos deverá emitir uma ordem executiva para que as farmacêuticas norte-americanas não possam fornecer as doses de vacina contra a Covid-19 antes de os norte-americanos estarem imunizados. Resta saber se o presidente tem poderes suficientes para impedir uma empresa de cumprir os seus contratos, destaca o Washington Post.

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