O candidato presidencial Vitorino Silva, popularmente conhecido como “Tino de Rans”, tem um orçamento previsto para a campanha oficial de 16 mil euros, longe dos 450 mil euros orçamentados pelo rosto comunista na corrida a Belém.
“O meu orçamento é de 16 mil euros, mas só 10 mil em dinheiro. Tudo o resto é em géneros porque vou usar o meu carrito, vou dormir em casa de amigos, nalgumas zonas do país, mas vai ser tudo apontado e contadinho, quilómetro a quilómetro, refeição a refeição”, disse à agência Lusa o candidato.
As previsíveis sete candidaturas elegíveis para a Presidência da República têm até segunda-feira para entregar os respetivos orçamentos para a campanha oficial, entre 10 e 22 de janeiro, no Tribunal Constitucional (TC).
Até agora, faltando apenas conhecer os valores da candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias, a seguir a “Tino” segue-se o detentor do cargo Marcelo (25 mil euros), em termos de despesa prevista.
O dirigente da Iniciativa Liberal Tiago Mayan (40 mil euros), a ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (50 mil euros), o deputado único e presidente do Chega, André Ventura (160 mil euros), e o eurodeputado e dirigente da cúpula do PCP, João Ferreira (450 mil euros), são os restantes candidatos ao sufrágio de 24 de janeiro cujos orçamentos são conhecidos.
Os juízes do Palácio Ratton receberam documentação de nove cidadãos com pretensões a candidatar-se a chefe de Estado, segundo fonte da secretaria-geral do TC, mas publicamente só os referidos sete entregaram pelo menos o mínimo exigido por lei de 7.500 assinaturas de cidadãos eleitores.
Apesar de o sorteio da ordenação dos boletins de voto estar marcado para segunda-feira de manhã, o TC tem até 4 de janeiro para verificar a admissibilidade das candidaturas, nomeadamente o número de assinaturas. Segue-se um período de recurso por parte das candidaturas consideradas inelegíveis ou com irregularidades e a decisão final é proferida até 11 de janeiro.