A PSP terá bloqueado indevidamente o transporte das vacinas na terça-feira à saída do Hospital de Évora, que estava a ser escoltado pela GNR. Segundo um documento a que a TVI teve acesso, o acompanhamento desta viatura é sempre efetuado pela Guarda Nacional Republicana.
A GNR assegura o desembaraçamento de trânsito nos itinerários que compreendem passagens por áreas de responsabilidade de ambas as forças”.
Por desembaraçamento entende-se a abertura de caminho, acompanhamento e guarda permanente do medicamento.
No mesmo documento, é explicado que a Polícia de Segurança Pública apenas pode reforçar a segurança quando o transporte se encontra na sua área de ação, uma situação que se verificou ontem.
O problema foi o bloqueio à saída, uma vez que “a PSP assegura o desembaraçamento de trânsito apenas quando o fim do percurso se realize na sua área“, o que não era o caso, uma vez que o veículo tinha como destino final o Algarve.
Ao que a TVI apurou, o polícia que chefiava a PSP em Évora terá dado uma ordem para que a GNR abandonasse o transporte, voltando a acompanhá-lo no limite da área de jurisdição da PSP, sendo que a Guarda não aceitou a ordem. É esta recusa que estará na origem do bloqueio.
O plano para a distribuição de vacinas ficou acordado numa reunião a 22 de dezembro entre a Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna e os comandos das duas forças.
Horas após o incidente, o Ministério da Administração Interna anunciou a abertura de um inquérito urgente para avaliar o sucedido.