O candidato presidencial João Ferreira alertou esta terça-feira que os problemas do país “não começaram este ano”, numa mensagem de Ano Novo, considerando que 2021 será o tempo “para uma mudança de curso” na vida dos portugueses.

Numa mensagem em vídeo, gravada esta terça-feira, o candidato a Belém e dirigente comunista começou por salientar que o tempo de pandemia “não foi igualmente difícil para todos”, e que “foram e são” os mais frágeis que mais sofrem com as consequências da Covid-19.

“Foram e são os trabalhadores (em especial os que perderam o emprego), as suas famílias, os pequenos empresários, mas não os grandes grupos económicos e financeiros e os seus detentores, aqueles que sentem na pele as consequências de grandes perturbações na vida económica e social”, apontou.

João Ferreira fez questão de alertar, no entanto, que a Covid-19 foi uma agravante para outros problemas estruturais que o país já atravessava.

Para Portugal, os problemas não começaram este ano. Os impactos da pandemia somam-se a problemas estruturais que o país arrasta há muitos anos: as desigualdades na repartição da riqueza, os baixos salários, a precariedade, a degradação dos serviços públicos, o elevado endividamento e dependência do país, as desigualdades no território”, enumerou.

Por essa razão, o eurodeputado e vereador em Lisboa considerou que este “é também um tempo para uma mudança de curso na vida do país” e que “2021 será este tempo”.

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Na mensagem, João Ferreira deixou votos de “um futuro assente na valorização do trabalho”, na “defesa e melhoria dos serviços públicos, em especial do Serviço Nacional de Saúde”, no direito à habitação, educação e cultura, apelando a um “desenvolvimento sustentável” do país.

O candidato presidencial endereçou ainda uma “necessária e justa” palavra de “apreço” aos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) mas também a todos os trabalhadores essenciais.

As eleições presidenciais estão marcadas para o dia 24 de janeiro de 2021.