Depois de Rui Rio, este domingo foi a vez de Francisco Rodrigues dos Santos ter disparado críticas contra a empresa de sondagens Aximage que dá hoje o PS a subir nas intenções de voto, “apesar dos recentes escândalos”, e o CDS quase a desaparecer do mapa. Numa publicação no Facebook, o presidente centrista ataca a credibilidade da empresa e diz que se trata de uma sondagem “de alfaiate”, “feita à medida de quem manda”.

“A Aximage decidiu antecipar o carnaval e começou hoje a ensaiar umas palhaçadas. Publicou uma sondagem de alfaiate, feita à medida de quem manda, na qual dá o PS a subir — apesar dos recentes escândalos — e o CDS, que os tem denunciado, a descer para os 0,3%”, lê-se na publicação.

https://www.facebook.com/franciscorsCDS/posts/141601071100735

A acompanhar a publicação, o líder centrista repete o que o líder do PSD já tinha feito no dia anterior: partilha uma notícia da revista Visão, de setembro passado, onde se lê que o diretor da Aximage, Almeida Ribeiro, é um antigo espião do SIS, antigo secretário de Estado de José Sócrates (entre 2009 e 2011) e conselheiro de Luís Filipe Vieira, que recentemente dirigiu uma sondagem que dava uma vitória “esmagadora” ao presidente do Benfica nas eleições para a liderança do clube de futebol.

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Rui Rio volta a questionar credibilidade das sondagens

“A Aximage devia ter corado de vergonha quando se descobriu que o seu Director Técnico, ex-Secretário de Estado de Sócrates e conselheiro de Luís Filipe Vieira, dirigiu uma ‘sondagem esmagadora’ para o ajudar a ganhar as eleições, que as urnas também desmentiram”, diz Francisco Rodrigues dos Santos.

É nesse sentido que o presidente do CDS anuncia que vai instar a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) a tomar “as medidas que se impõem para regular os procedimentos das empresas de sondagens”. Francisco Rodrigues dos Santos quer “evitar truques, falta de rigor técnico e ‘palhaçadas'”.

A sondagem em causa indica que se as eleições fossem hoje o PS de António Costa voltaria a ganhar folgadamente, o PSD de Rui Rio ficaria a cerca de 13 pontos de distância, o Chega poderia estar a disputar o terceiro lugar com o Bloco de Esquerda e o CDS desapareceria do mapa eleitoral com apenas 0,3% das intenções de voto.

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Para o presidente do CDS, o resultado que os centristas tiveram nos Açores “desmente” a morte anunciada do partido que lidera, e os “erros” sucessivos cometidos pelas empresas de sondagens deixam de ser erros para passarem a ser “má fé” e “incompetência”.