Os hospitais em Portugal fizeram menos 121 mil cirurgias e 1,2 milhões de consultas até novembro do que no mesmo período do ano anterior, segundo o Público, que se baseia em dados do Portal da Transparência.

No total, foram realizadas 530.618 cirurgias no Serviço Nacional de Saúde, uma queda de 18,6% face ao mesmo período de 2019 — e o número mais baixo de sempre desde que o portal publica este tipo de dados. Em novembro de 2019, o SNS atingia recorde de 652 mil cirurgias urgentes e programadas. O maior efeito, lembra o Público, decorre da suspensão da atividade não urgente em Março e Abril, no ínicio da pandemia.

No caso das consultas em hospitais, foram feitas 10,2 milhões até novembro. No início da pandemia registou-se uma descida de 16,4% e no resto do ano de 9%. Só não foi pior porque houve grande crescimento nas consultas à distância. De acordo com o jornal, foram realizadas menos 7,2 milhões de consultas médicas e 3,4 milhões de atos de enfermagem de forma presencial.

Apesar da recuperação parcial destes números na segunda metade do ano, depois do maior impacto durante o confinamento de março e abril, há ainda grandes atrasos nas cirurgias e nas consultas, o que levou o Governo a estender até final de 2021 os incentivos pagos aos profissionais de saúde pela recuperação desses atos médicos que ficaram por fazer à boleia da pandemia.

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Nos centros de saúde, por outro lado, houve um recorde de 28,6 milhões de consultas. São mais 3,38% do que em igual período de 2019, por causa das consultas à distância, que praticamente duplicaram — de 8,5 milhões para 16,7 milhões. As consultas presenciais, 11,8 milhões, tiveram uma quebra de 38% face ao mesmo período de 2019.

Incentivos para recuperar consultas e cirurgias estendidos até final de 2021