O ex-ministro Adalberto Campos Fernandes e o membro da Comissão Política do PS e médico Álvaro Beleza declararam este sábado o seu apoio à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais.

O manifesto, subscrito por cerca de 50 personalidades, defende que “Portugal precisa de renovar e reforçar a confiança em Marcelo Rebelo de Sousa”, pela confiança que o seu percurso transmite, pela “sua experiência e ponderação, mas, sobretudo, pela forma singular como é capaz de se identificar e compreender os portugueses”.

O documento a que a agência Lusa teve acesso, intitulado “Presidenciais 2021 – Uma escolha livre e responsável”, é subscrito também, entre outros, pelo ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian e presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos, Emílio Rui Vilar, o ex-secretário de Estado da Saúde de um dos governos de Cavaco Silva, José Martins Nunes, o antigo ministro e economista Luís Mira Amaral, o deputado do PSD e médico Ricardo Baptista Leite e o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal.

“Os desafios de transformação do país requerem a dignificação do Estado, a centralidade da ética na vida pública, o reforço do prestígio das instituições, a competitividade das empresas, e, acima de tudo, a valorização das pessoas no respeito pela sua autonomia e dignidade”, salientam os subscritores do manifesto.

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Nesse sentido, consideram que a escolha do Presidente da República reveste-se “da maior importância”, tratando-se de “uma escolha fundamental que terá implicações estratégicas muito relevantes nos próximos anos na forma como Portugal se afirmará no plano nacional e internacional”.

No documento, os subscritores afirmam ainda que “a crise de saúde pública agravou os desequilíbrios estruturais da economia tornando mais evidentes as desigualdades sociais”, salientando que “a recuperação ensaiada nos últimos anos ficou, em grande medida, comprometida pelo impacto da crise global de 2020”.

“Apesar dos sinais encorajadores registados nas últimas quatro décadas, nos diferentes domínios, o país tem revelado uma persistente dificuldade em garantir um nível sustentado de desenvolvimento económico e social”, constatam.

O futuro das novas gerações “não estará assegurado sem uma profunda transformação do país”, sendo que “essa transformação requer uma visão reformadora que apenas será alcançada através de um clima de consenso social alargado e de estabilidade política que assegurem um crescimento económico duradouro e sustentado”, defendem os subscritores.