O Governo quer a reposição do valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) acima do limiar da pobreza, de modo a reforçar a eficácia deste apoio de combate à pobreza entre os mais velhos.
A medida integra o despacho de nomeação da comissão de coordenação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, criada em outubro passado para “mitigar as desigualdades” entre os cidadãos, e será uma questão de calendário até que seja aplicada, noticia o Público (notícia para assinantes).
“É preciso olhar para o rendimento social de inserção, para o complemento solidário para idosos, para a prestação social para a inclusão”, disse ao mesmo jornal Fernanda Rodrigues, membro da comissão. “Não têm vencido o patamar da pobreza. Têm de ser mais ambiciosos”, acrescentou.
Atualmente, para terem direito ao CSI, os idosos têm de ter um recurso anual inferior a 5.258,63 euros (que dá uma média de 375 euros por mês). Cada um dos beneficiários, recebe a diferença entre o seu rendimento anual e este valor de referência, que é inferior ao limiar do risco de pobreza. Em 2019, este era de 6.014 euros anuais, refere o Público.
Fernanda Rodrigues apontou que os indicadores estavam a melhorar e que “a pandemia veio colocar um cenário novo”, que aponta para a “urgência de se fazer” algo rapidamente.