No mercado europeu, sobretudo se considerarmos as vendas a clientes particulares, a Dacia brilha a grande nível, continuando a ver a procura a aumentar, sobretudo agora que ao best-seller Duster junta os novos e mais promissores Sandero e Sandero Stepway. Mas o grupo francês tem ambições acrescidas para a marca romena e isso passa não só pelo lançamento de novos modelos, como pela estreia de um novo SUV, maior e de aspecto mais robusto do que o Duster.

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A receita para o Duster foi concentrar num SUV leve e ágil, com apenas 4,3 metros de comprimento, uma estética feliz, boas características para circular fora de estrada e um preço mais acessível do que os concorrentes. Agora a Dacia surge com a promessa para breve do Bigster, um SUV que promete ser o novo topo de gama, assumindo-se como mais generoso em termos de dimensões, fruto de um comprimento de 4,6 m.

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Concebido sobre a nova plataforma do grupo, que também vai ser utilizada na Renault, Alpine, Nissan e Mitsubishi, o Bigster é maior do que o Duster, exibindo um aspecto mais radical e robusto, fruto já do trabalho do designer espanhol Alejandro Mesonero-Romanos, que Luca de Meo, o CEO da Renault, “levou” consigo da Seat.

Mais do que atraente, o Bigster transpira robustez, com uma frente maciça, alargamentos nos guarda-lamas e uma grelha com uma curiosa assinatura luminosa. O SUV, que marca a entrada do construtor no segmento C, aproveita ainda para trazer a público o novo logótipo da Dacia, também ele mais estilizado e moderno, mas em sintonia com a estética radical do Bigster, que se assume ainda como protótipo, mas que passará rapidamente à produção.

A estratégia reservada à Dacia vai mais longe. Para garantir que continua a ser capaz de propor preços acessíveis, mesmo em veículos mais sofisticados e complexos, o Grupo Renault optou por concentrar a Dacia e a russa Lada numa mesma unidade de negócio. Isto permitirá reduzir o custo na concepção e desenvolvimento de novos veículos, fundamental numa fase em que os dois construtores se preparam para, por um lado, simplificar o número de plataformas, passando das actuais quatro para apenas uma e, por outro, optimizando o número de carroçarias distintas, reduzindo-as de 18 para somente 11. E todas elas sobre a plataforma CMF-B, o que permite adoptar mecânicas híbridas e híbridas plug-in.

Isto não implica qualquer atraso no início de comercialização do Dacia Spring, o eléctrico atraente que promete ser o mais barato do mercado, em linha com o que é habitual no construtor romeno.