Um dia depois de os especialistas se terem reunido na sede do Infarmed e terem dado conta de que, ao que tudo indica, o pico desta terceira vaga em Portugal ocorreu a 29 de janeiro, os números parecem continuar a prová-lo. Apesar de o número de novos casos registado esta quarta-feira (4.387) ser o mais alto da semana (porque na segunda e terça-feira os dados são relativos ao fim de semana, altura em que há menos testagem), a verdade é que na última quarta-feira este valor era mais do dobro do que é hoje.
Comparando com os novos casos de Covid-19 registados na última quarta-feira, dia 3 de fevereiro, a redução hoje verificada é de mais de metade. Esta quarta-feira foram registados mais 4.387 novos casos, sendo que há uma semana esse valor fixava-se nos 9.083, mais do dobro. Na semana anterior a essa, ou seja, dia 27 de janeiro, esse valor era exponencial, de 15.073 novos casos, e se recuarmos mais uma semana mantinha-se igualmente alto: nos 14.647 novos casos. Antes disso o valor rondava os 10 mil novos casos. A descida face a esta quarta-feira é, por isso, acentuada.
Em relação ao número de mortes, a descida também é acentuada. Com 161 óbitos registados nas últimas 24 horas, tal significa que desde o dia 17 de janeiro que o número não era tão baixo. Nesse dia o registo fixou-se nas 152 mortes e foi sempre aumentando até começar agora esta fase descendente.
Face aos dados do dia anterior, a redução no número de mortes é de mais 42 casos do que se tinha registado na véspera, sendo esta a segunda maior queda diária no número de mortes deste mês. No dia 6 de fevereiro, tinham morrido menos 44 pessoas face ao registado na véspera. Na prática, o número de óbitos não era tão baixo desde o dia 17 de janeiro (morreram 152 pessoas).
Entre os 161 óbitos está uma mulher na casa dos 30 anos
De acordo com o boletim diário da DGS, entre os óbitos encontra-se uma mulher com idade entre os 30 e os 39 anos, assim como duas mulheres entre os 40 e os 49 anos. Há ainda a registar a morte de um homem na casa dos 50 anos, sendo a maioria dos óbitos na faixa etária superior a 60 anos:
Houve mais 10 homens a morrer com idade entre 60 e 69 anos, assim como mais oito mulheres nesta faixa etária;
Houve ainda mais 27 homens com idade entre os 70 e os 79 a falecer nas últimas 24 horas, assim como mais 9 mulheres nesta faixa etária;
É na faixa etária dos +80, contudo, que se registam mais mortes: 58 mulheres morreram nas últimas 24 horas nesta faixa etária e 45 homens também.
É a região de Lisboa e Vale do Tejo que continua a concentrar o maior número de casos e maior número de óbitos, com 2.192 novos casos e mais 77 mortes nas últimas 24 horas. Segue-se a região Norte, com mais 1050 casos e 33 mortes, depois a região Centro com mais 775 casos e 31 mortes.
O Alentejo regista mais 185 casos e 12 mortes, e o Algarve mais 129 casos e 6 mortes. Na Madeira o aumento de casos é de 47 e houve mais um óbito. Nos Açores também se registou um óbito nas últimas 24 horas e mais nove casos de Covid-19.
Menos 241 internados. Internamentos descem há dois dias de forma significativa
Nas últimas 24 horas, o número de internamentos baixou significativamente: menos 241 pessoas internadas, e menos nove doentes internados em unidades de cuidados intensivos.
É o segundo dia consecutivo em que os internamentos estão a descer, sendo que ontem já tinha havido uma redução de 274 internamentos. Hoje a redução é de 241, havendo atualmente em Portugal um total de 5.829 pessoas internadas, e um total de 853 pessoas internadas em estado grave (menos 9 do que ontem).
Desde o dia 23 de janeiro que o número total de doentes internados não baixava do patamar dos 6 mil. De notar ainda que só em dois dias a redução do número de internados foi de 515 pessoas.
Há também mais 8.781 pessoas recuperadas nas últimas 24 horas, o que faz com que os casos considerados ativos de Covid-19 sejam esta quarta-feira menos 4.555 do que na véspera.