Foram detetados, até à meia-noite deste domingo, 718 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, o que perfaz uma média semanal de 1.005/dia – o melhor registo desde o início do mês de outubro. Por outro lado, o número de doentes em cuidados intensivos desce há 20 dias consecutivos e, assim, contam-se 484 pessoas infetadas em estado mais crítico, o que ainda é muito mais do que o dobro dos 200 internados em cuidados intensivos que se afiguram como o objetivo não-oficial para a superação desta vaga da doença.
Segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS), voltou a baixar o número de diagnósticos de Covid-19 ao longo do sábado (até à meia-noite de domingo) – na véspera tinham sido verificados 1.071 novos casos. Portugal voltou a descer para menos de 1.000 casos diários, como já tinha acontecido no último fim de semana (houve 549 casos no dia 22 de fevereiro) e, desta forma, contabilizou-se uma média de 1.005 casos por dia na semana que agora termina, o que é comparável com os 1.681 da semana anterior e os 2.906 na semana antes dessa.
Recorde-se que Portugal chegou a ter médias semanais superiores a 12 mil casos/dia no final de janeiro. Agora, esta média de pouco mais de mil casos por dia é comparável com as 1.073 da semana terminada em 11 de outubro e com os 792 da semana que acabou a 4 de outubro.
O boletim deste domingo da DGS aponta, também, para uma descida de 8 no número de doentes em cuidados intensivos, para um total de 484 doentes que inspiram maiores cuidados, à meia-noite deste domingo.
O número de doentes em cuidados intensivos está a descer há 20 dias consecutivos. E este total de 484 pessoas é comparável aos 904 que corresponderam ao número máximo de doentes Covid-19 em cuidados intensivos que chegou a haver, no início de fevereiro.
O acesso a cuidados intensivos está normalizado — este indicador mostra como a pressão diminuiu
Quanto ao número geral de doentes internados, que inclui enfermaria e cuidados intensivos, esse número baixou em 15 pessoas, para uma contagem global de 2.165. Este é um número que corresponde, aproximadamente, a um terço da contagem mais elevada de sempre – os 6.869 que existiam no primeiro dia de fevereiro.
Por outro lado, registaram-se 1.664 recuperados, o que contribuiu para que o número de casos ativos baixasse em quase mil, para 69.268 pessoas.
Recorde-se que que Portugal oscilava perto desta fasquia dos 70 mil casos ativos nos últimos dias de 2020 mas esse número disparou subitamente a partir do início de janeiro até superar os 181 mil no último dia desse que foi o pior mês da pandemia em Portugal.
O boletim aponta, também, para mais 41 óbitos atribuídos à Covid-19 nestas 24h, um número superior aos 33 do dia anterior.
Uma das 41 vítimas mortais reportadas este domingo pela DGS diz respeito a um homem na casa dos 50-59 anos. Houve, também, oito vítimas na faixa etária dos 60 anos.
A estes juntam-se 13 pessoas com entre 70 e 79 anos, quase todos homens, e os restantes 19 tinham mais de 80 anos de idade, segundo a DGS.
Os dados mostram, ainda, que mais de metade das mortes ocorreram na zona de Lisboa e Vale do Tejo, segundo o boletim da DGS. Registaram-se 26 óbitos nesta região do país, nas últimas 24h, o que compara com as cinco vítimas mortais no norte e (também) cinco no centro do país.
Além destes, houve, ainda, três óbitos no Alentejo e dois no Algarve, mortes cuja causa as autoridades de saúde atribuíram à infeção pelo novo coronavírus.
Também no que diz respeito ao número de infeções é na zona que inclui a capital do país que houve mais novos casos confirmados: 257.
No norte surgiram 229 novas infeções, no centro do país 97, no Alentejo 50 e no Algarve 32. A estes, juntam-se 35 da Madeira a 18 nos Açores.