Paulo Arsénio (PS), presidente da Câmara Municipal de Beja, afirmou esta quinta-feira à noite em declarações à SIC Notícias que houve “um erro de contagem” e que o município devia avançar para a terceira fase de desconfinamento. “Os dados de que a autarquia dispõe colocam-nos claramente abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias”, garante.

O autarca assume que vai tentar reverter a situação. “Beja não está a pedir nenhum favor especial, a fórmula é matemática, precisa”, justifica.

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Esta quinta-feira foi divulgado pelo primeiro-ministro, António Costa, que Beja é um dos sete concelhos que continua acima dos 120 casos por 100 mil habitantes. Porém, Paulo Arsénio diz que Beja tem apenas 107 casos por 100 mil habitantes. “Entendemos que estamos na presença de um erro, os erros acontecem, são 308 municípios”, refere.

Por esse motivo, o responsável pela autarquia refere que tentará “fazer prova à DGS [Direção-Geral da Saúde] e ao Governo para que se possa corrigir antecipadamente” esta alegada falha matemática e o município avançar para a terceira fase de desconfinamento a 19 de abril. “Temos dados muito concretos sobre a situação, as autoridades de saúde [locais] defendem”, diz Arsénio. “Dissemos isto à DGS e ao Governo”, continuou.

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De acordo com os últimos dados sobre a pandemia de Covid-19 em Beja, o concelho tem apenas 24 casos ativos e, também por isso, há a “expetativa que esta decisão seja revertida”, disse o autarca. Contudo, de acordo com a informação da DGS, o município, que tem 33.579 habitante, tem um valor de incidência de 173, estando ainda em “risco moderado”. “O que Beja pede é que se corrija uma situação de erro”, reiterou o presidente da Câmara e adiantou que “caberá à DGS fazer o contraditório” após apresentar os dados de que dispõe porque “ninguém beneficia com uma guerra de números”.

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Beja está entre os sete municípios (Alandroal; Albufeira; Beja; Carregal do Sal; Figueira da Foz; Marinha Grande; e Penela) que vão manter-se na segunda fase de confinamento a partir de 19 de abril. Isto significa que apenas as esplanadas podem continuar a funcionar, com um máximo de quatro pessoas por mesa. Os cinemas, teatros e salas de espetáculo não podem abrir e os cafés e restaurantes não podem abrir portas para o interior. Além disso, os casamentos e batizados no município continuam a não poder contar com a presença de convidados.