Os turistas norte-americanos vacinados contra a Covid-19 poderão viajar no verão para países da União Europeia (UE), garantiu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa entrevista ao jornal The New York Times.
“Os norte-americanos, tanto quanto sei, usam vacinas que estão aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento. Isso irá permitir-lhes viajarem e moverem-se com liberdade”, afirmou Ursula von der Leyen ao jornal.
A presidente da Comissão Europeia acrescentou que “uma coisa é clara: os 27 Estados-membros aceitarão, incondicionalmente, todos aqueles que estiverem vacinados com vacinas aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento”. A Agência Europeia do Medicamento aprovou as vacinas desenvolvidas pelas farmacêuticas Moderna, Pfizer e BioNTech e Johnson & Johnson, as três que estão a ser administradas nos Estados Unidos da América.
No entanto, o The New York Times referiu que a presidente da Comissão Europeia não deu uma data exata ou mais detalhes sobre a reabertura da Europa aos turistas norte-americanos totalmente vacinados, e destacou que a última palavra será sempre de cada um dos 27 Estados-membros.
O Parlamento Europeu pretende aprovar em junho a versão final do certificado de vacinação, para ajudar a impulsionar a campanha de turismo estival.
Em 17 de março, a Comissão Europeia apresentou o certificado digital com a intenção de que esteja pronto antes do verão, para poder reativar as viagens nessa altura, um objetivo partilhado pelo setor da aviação, que pede agilidade aos Estados-membros na sua aprovação e implementação.
O executivo comunitário assegurou pretender ver reconhecidas apenas as vacinas autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento, embora tenha sublinhado que dará permissão aos governos para aceitarem outros fármacos, como a russa Sputnik V ou a chinesa Sinopharm.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.100.659 mortos no mundo, resultantes de mais de 146,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.965 pessoas dos 834.442 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.