O Governo do Reino Unido pediu esta quarta-feira “proporcionalidade” a Israel na defesa dos seus “interesses legítimos” de segurança e também condenou “fortemente” os “atos de terrorismo do Hamas”.

O secretário de Estado para o Médio Oriente e Norte de África do executivo britânico, James Cleverly, exortou “todas as partes a trabalharem juntas para reduzir as tensões na Cisjordânia, incluindo Jerusalém”.

“Pedimos a Israel que adira aos princípios de necessidade e proporcionalidade na defesa dos seus legítimos interesses de segurança”, disse Cleverly, ao mesmo tempo em que pedia que facilitasse a chegada de ajuda humanitária à área.

O governante enfatizou, ao mesmo tempo, que “o Hamas e outros grupos terroristas devem cessar os seus ataques” e declarou que “não há justificativa para alvejar civis”.

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“O Reino Unido condena inequivocamente o lançamento de foguetes contra Jerusalém e outros locais em Israel”, disse Cleverly, considerando que os israelitas têm “o direito legítimo de autodefesa”.

Cleverly também argumentou que é “vital” que os ataques de Israel sejam “proporcionais, de acordo com a lei internacional, e que todos os esforços sejam feitos para evitar baixas civis”.

O governante britânico também está “preocupado” com a destruição de edifícios que abrigam os meios de comunicação internacionais e outras infraestruturas em Gaza.

Estamos cientes de que instituições médicas, várias escolas e muitas casas em Gaza foram destruídas ou seriamente danificadas”, disse.

O porta-voz dos trabalhistas para Negócios Estrangeiros, Wayne David, por sua vez, instou ao executivo que “faça todo o possível” para reiniciar um processo de paz na região “com urgência”.

Pelo menos 219 palestinianos foram mortos em ataques aéreos, incluindo 63 crianças e 36 mulheres, e 1.530 pessoas ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

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O Hamas e a Jihad Islâmica afirmam que pelo menos 20 dos seus combatentes foram mortos, enquanto Israel afirma que o número é de pelo menos 130.

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Doze pessoas em Israel, incluindo uma criança de 5 anos, foram mortas em ataques com foguetes até agora.

A escalada da violência começou em 10 de maio, quando o Hamas disparou foguetes em direção a Jerusalém em apoio aos protestos dos palestinianos contra o policiamento pesado de Israel no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, um local sagrado para judeus e muçulmanos, e a ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas na região de colonatos judeus.