910kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Cotrim Figueiredo ao ataque: "Existe a sensação de que o PS em tudo manda". E Passos promete ouvir discurso de Rio

Este artigo tem mais de 3 anos

O presidente da IL centrou discurso no congresso do MEL com denúncias dos erros de António Costa e com avisos a Rio e Ventura. Passos marcou presença e prometeu ouvir discurso do líder do PSD.

i

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

João Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, considera que existe um clima de “medo” que tolda a participação pública e cívica daqueles que não se identificam com o PS. Para o deputado, existe uma “sensação de que o PS em tudo manda”, o que não é mais do que um sintoma, disse, do controlo que os socialistas fizeram e estão a fazer “do aparelho do Estado”.

No primeiro dia da terceira edição do congresso do Movimento Europa e Liberdade (MEL), o deputado e presidente da IL apontou vários casos em que, no seu entender, o PS se tem comportado como dono do país.

Desde a nomeação de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, transitando diretamente do Ministério das Finanças, ao afastamento do ex-presidente do Tribunal de Contas, Vítor Caldeira, da não recondução de Joana Marques Vidal, antiga Procuradora-Geral da República, Teodora Cardoso, do Conselho das Finanças Públicas, passando pela “nomeação de boys” para Segurança Social, o novo modelo das CCDR ou fim dos debates quinzenais, tudo, para Cotrim Figueiredo, são sinais desse excesso de poder.

“Estamos a caminhar para uma sociedade receosa“, denunciou Cotrim, dizendo mesmo que há gente com “medo de dar a cara” contra a dominação do PS. “O Estado está refém de um único partido, o PS”. Para o liberal, o “nó do desalento social” é um dos quatro nós de que Portugal se tem de libertar se quiser ser um “país melhor”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O nó da “estagnação económica” é o outro fator de entropia denunciado por Cotrim. Para o deputado, o Governo continua sem dar respostas em áreas como a fiscalidade, a produtividade, os salários, a competitividade e o investimento estratégico.

Cotrim Figueiredo alertou ainda para os riscos de uma má execução dos fundos europeus. “O Governo prepara-se para se agarrar a uma tábua de salvação, a bazuca europeia, que acentua o fenómeno de dependência face à UE e que é feito nas costas dos portuguesas”, disse.

Em particular, o líder da IL questinou as decisões que o Governo tomou na TAP. “O Estado não tem nada que ser dono de uma companhia aérea. A TAP levou mais de metade dos apoios que levaram todas as outras empresas vítimas deste fenómeno. É uma desproporcionalidade quase imoral”, disse, denunciando aqulio que considera ser a “incompetência”, a falta de “transparência” e de “verdade” do Governo em todo o processo.

“A TAP não vale 2% do PIB, qualquer aluno do primeiro ano de economia que dissesse isto seria chumbado”, sugeriu.

O deputado defendeu também o fim da “cultura de desresponsabilização” que funciona igualmente como “nó” ao desenvolvimento do país. “Ninguém é responsável por nada em Portugal“, criticou Cotrim.

O liberal referiu-se depois aos exemplos do ministro do Ambiente e das polémicas barragens da EDP, às raspadinhas do património criadas pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e, claro, do “campeão da inimputabilidade“, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Cotrim Figueiredo elegeu ainda o “nó da inexistência de ambição” como quarto e último fator que explica um país ultrapassado pelos seus pares europeus.

As linhas vermelhas e o caderno de encargos da IL

Antes mesmo de terminar, o presidente da Iniciativa Liberal reservou uma parte do discurso para definir a posição do partido em qualquer futura aliança de direita. Mesmo sem concretizar esse plano, Cotrim Figueiredo elencou os princípios de que o partido nunca abdicará e as exigências que fará para fazer parte de qualquer solução de poder.

O deputado deixou claro que a IL jamais alinhará num “discurso da desvalorização das pessoas“, apontando críticas às decisões tomadas por Rui Rio, seja sobre o fim dos debates quinzenais, seja sobre o discurso assumido em relação ao Novo Banco.

Por outro lado, salvaguardou Cotrim referindo-se implicitamente a André Ventura, a Iniciativa Liberal não contribuirá para alimentar “visões populistas” e “não liberais da sociedade”. “Não contem connosco”, disse.

Quanto às possíveis convergências, o presidente da IL definiu o seu caderno de encargos: qualquer aliança que queira contar com os liberais terá de encontrar respostas de “simplificação e desagravamento fiscal”, na garantia da “liberdade de escolha dos serviços públicos“, nomeadamente na Educação e na Saúde, para um projeto de “descentralização” e no desenho de mecanismos de maior “transparência“. “Temos de ter um país muito mais transparente”, rematou.

Passos sobre Rio: “Terei muito gosto em ouvi-lo”

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A presença de Pedro Passos Coelho na III Convenção do Movimento Europa e Liberdade (MEL) já ia sendo anunciada nos bastidores a poucas horas do arranque dos trabalhos.

O antigo primeiro-ministro tornou-se, naturalmente, o centro das atenções da comunicação social ali presente. Durante o intervalo da manhã, e para evitar que andassem “atrás” de si, Pedro Passos Coelho aceitou fazer uma curta declaração aos jornalistas durante o intervalo da manhã.

“Vim assistir com muito interesse a esta convenção como de resto fiz nas duas anteriores. Julgo que há um espaço de debate e de liberdade que é muito importante de estimular e promover no país “, afirmou ex-primeiro-ministro.

Questionado sobre se vai assistir aos dois dias de trabalhos e se vai ouvir Rui Rio na quarta-feira, o Pedro Passos Coelho garantiu que fará gosto em estar presente. “No caso de Rui Rio, presidente do PSD, terei muito gosto em ouvi-lo”, disse.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.