O chairman e o CEO da Stellantis, respectivamente John Elkann e Carlos Tavares, foram ontem recebidos pelo Papa Francisco na Cidade do Vaticano. Às duas maiores figuras do recém-criado grupo, que resulta da fusão da PSA com a Fiat Chrysler Automobiles, juntou-se ainda o CEO da Fiat, Olivier François, pois o veículo escolhido para apresentar ao Sumo Pontífice nesta audiência foi o novo 500 eléctrico.

A escolha não foi feita de ânimo leve, pois um dos pontos da agenda consistia precisamente em inteirar o chefe da Igreja do empenho que o grupo franco-italo-americano coloca na democratização da mobilidade sustentável. Uma causa que, publicamente, o Papa Francisco já defendeu por diversas ocasiões, e que tem no novo 500 a bateria um dos seus bastiões. Para mais, sendo um modelo genuinamente italiano ou, como a marca prefere salientar, “100% eléctrico, 100% Made in Italy”.

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Recorde-se que o citadino é produzido na fábrica de Mirafiori, em Turim, e posiciona-se como um “símbolo da mudança em direcção a uma mobilidade mais sustentável, partilhada, mais segura e acessível a todos”. Tal como o Cinquecento original motorizou um país no pós-guerra, o novo 500e quer atrair mais condutores para a mobilidade zero emissões, pelo que oferece uma reinterpretação mais moderna do estilo que lhe é tão característico e complementa-a com duas alternativas de bateria. A mais pequena (23,8 kWh, 21,3 kWh úteis) alimenta um motor eléctrico de 70 kW (95 cv/220 Nm) e garante uma autonomia de 180 km, ao passo que a maior (42 kWh, 37,3 kWh úteis) impulsiona um motor de 87 kW (118 cv/220 Nm) e anuncia o maior alcance entre recargas do segmento (320 km). Em Portugal, a comercialização deste modelo arranca nos 23.800€, antes de ajudas estatais.

Além de apresentar o novo 500, a delegação da Stellantis terá ainda partilhado com o Papa Francisco a sua visão enquanto empresa, em concreto, “os objectivos e valores” deste que é o 4.º maior grupo automóvel do mundo. “A criação da Stellantis marca o início de um novo capítulo alimentado pela fusão dos dois fabricantes de automóveis, cada um deles com uma longa tradição, marcas icónicas e grandes sucessos, todos estreitamente ligados à diversidade, ao talento dos seus 300.000 empregados e ao conjunto de valores partilhados que guiará a nova empresa na sua viagem: integridade e ética em todos os sectores da nossa actividade e ao longo de toda a cadeia de valores”, realça o grupo no comunicado enviado às redacções.

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