A Presença vai publicar, este mês, A Colina Que Subimos — um poema inaugural, de Amanda Gorman, com tradução da jornalista Carla Fernandes. Pradarias, da também poeta norte-americana Louise Glück, vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 2020, vai sair pela Relógio d’Água, que vai editar também em junho Como se o Mundo Existisse, de Ana Teresa Pereira; Cartografias de Lugares Mal Situados (10 Contos de Guerra), de Ana Margarida de Carvalho; Viver Feliz Lá fora, de José Gardeazabal; Gilead, de Marilynne Robinson; e Um Adeus Mais-Que-Perfeito, de Peter Handke, Prémio Nobel da Literatura em 2019.

Civilizações, o novo livro de Laurent Binet, autor de HHbH, será publicado a 2 de junho pela Quetzal. Neste romance, Binet virou a História ao contrário e apresentou versões alternativas dos acontecimentos históricos. Pela mesma editora vai ainda sair um novo livro de J. Rentes de Carvalho, O País do Solidó. Entre o conto e a crónica, Rentes de Carvalho fez um retrato de “um país habitado por um estranho povo: os portugueses”, refere a editora. A Elsinore vai publicar Raízes Brancas, de Bernardine Evaristo.

A Cavalo de Ferro vai dar continuação à publicação das obras de Olga Tokarczuk com Casa de Dia, Casa de Noite. Publicado em polaco em 1998, foi o primeiro romance da Prémio Nobel da Literatura a ser traduzido para inglês, em 2003, marcando o início da carreira internacional da autora. Nas palavras da própria, trata-se de “um romance-constelação”, composto pelo relato das diferentes histórias dos habitantes de uma aldeia da Polónia ocidental, que ocuparam as casas abandonadas pelos alemães no final da Segunda Guerra Mundial.

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Pela mesma editora será lançado O Passageiro, o segundo e último romance de Ulrich Alexander Boschwitz, cujo manuscrito esteve desaparecido durante várias décadas. O livro conta a história de Otto Silbermann, um respeitado comerciante judeu que se vê obrigado a abandonar a sua família ao tornar-se uma pessoa sob suspeita. Com a sua fortuna dentro de uma mala, viaja de cidade em cidade, em busca de informações, ajuda e de uma saída. A Assírio & Alvim vai lançar Resistir ao Tempo, uma antologia de poesia catalã (com organização e tradução de Àlex Tarradellas, Rita Custódio e Sion Serra Lopes), e Sétimo Dia, de Daniel Faria.

Pela Companhia das Letras vai sair um novo policial de João Tordo, Águas Passadas. O autor estreou-se no género em 2019, com A noite em que o Verão acabou. A Outra Metade, de Brit Bennett, apontada como herdeira de nomes da literatura norte-americana como James Baldwin e Toni Morrison, vai sair pela Alfaguara, que vai lançar também Intervenções, de Michel Houellebecq. A Tinta-da-China vai editar um novo romance de A. M. Pires Cabral, Feliciano, e um novo livro de Margarida Vale de Gato, Atirar para o Torto, que se estreia assim na coleção de Poesia da editora, dirigida por Pedro Mexia.

Dez anos após o lançamento de Tiago Veiga: Uma Biografia, o escritor Mário Cláudio revisitou a vida do desconhecido poeta português, bisneto de Camilo Castelo Branco. Embora Eu Seja Um Velho Errante vai chegar às livrarias a 8 de junho com chancela da Dom Quixote. Pela mesma editora vai sair ainda Selvagem, livro de estreia de Salvador Santos; e Cortina de Ferro, de Jorn Lier Horst e Thomas Enger. A Oficina do Livro vai editar O Mordomo do Rei, um romance histórico de Pedro Beltrão passado no tempo de D. Sancho II. Já a E-Primatur vai fazer sair Noite no Caminho de Ferro da Via Láctea, do japonês Kenji Miyazawa, e a Porto Editora vai lançar Boa Sorte, da jornalista espanhola Rosa Montero.

A Caminho vai publicar A Noite e a Madrugada, de Fernando Namora (com prefácio de Ana Margarida de Carvalho), e a Casa de Letras Piranesi, o regresso de Susanna Clarke, autora de Jonathan Strange & Mr. Norrell, publicado há 16 anos. Pela Saída de Emergência vai sair Involução, de Max Brooks, autor de Guerra Mundial Z.

As Edições 70 vão publicar, no início de junho, a primeira tradução integral da Metafísica de Aristóteles, uma edição profusamente anotada, com glossário e introdução de Carlos Humberto Gomes. Mais à frente no mês, vão sair pela mesma editora os livros Como Ler Literatura, de Terry Eagleton, autor de Porque é que Marx Tinha Razão; e Uma Pequena História da Arqueologia, de Brian Fagan. A Tinta-da-China vai lançar, logo no início do mês, Autobiografia não Autorizada, volume que reúne as crónicas de Dulce Maria Cardoso na revista Visão.

Anunciado em maio e adiado para junho, História dos Povos Árabes, obra de referência de Albert Hourani, deverá sair este mês, com edição da BookBuilders. Hourani, importante especialista no mundo árabe, foi o responsável pela criação dos primeiros centros de História do Médio Oriente no Reino Unido e Estados Unidos da América. A Relógio d’Água vai editar Sangue e Ferro: Ascensão e Queda do Império Alemão (1871-1918), de Katja Hoyer. Já a Desassossego vai lançar Trabalho: Uma História de Como Utilizamos o Nosso Tempo, do antropólogo James Suzman.

No final do mês, a Porto Editora vai publicar Escravidão, um livro do brasileiro Laurentino Gomes, vencedor de sete prémios Jabuti, sobre o negócio da venda de escravos. O resultado de seis anos de pesquisa, Escravidão explica, segundo a editora, “as raízes da escravidão humana na Antiguidade e em África antes da chegada dos portugueses, o início do tráfico de cativos para a América e suas razões, os números, os bastidores e os lucros do negócio negreiro, além da trajetória de alguns dos seus personagens mais importantes”. A edição que vai sair em Portugal foi adaptada ao público português.

A Presença vai editar Discutir com Zombies, do Prémio Nobel da Economia Paul R. Krugman. Pela Nuvem de Tinta vai sair Os Nossos Heróis do Desperto, de Rui Miguel Tovar com ilustrações de Andrea Ebert.

Artigo atualizado às 16h10