A Agência Europeia do Medicamento (EMA) não forneceu dados adicionais sobre a vacina da Janssen, durante a conferência de imprensa desta quinta-feira. A agência já tinha solicitado mais informação à farmacêutica Johnson & Johnson depois dos casos reportados de síndrome Guillain-Barré após vacinação.
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Questionado sobre os casos de desmaios no centro de vacinação de Mafra, em Portugal, Georgy Genov, chefe da Farmacovigilância da EMA, disse ainda não ter tido conhecimento da situação, mas garantiu que toda a informação sobre efeitos secundários é analisada com cuidado.
“Não é incomum, em pessoas jovens, haver relatos de efeitos secundários relacionados com síncopes ou desmaios, por isso pode muito bem representar um efeito secundário que [a agência] irá certamente analisar”, disse Georgy Genov.
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Também sobre os efeitos secundários das vacinas, Marco Cavaleri, chefe de estratégia de ameaças à saúde biológica e vacinas da EMA, já tinha referido que foram atualizados efeitos secundários associados às vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna por poderem causar, num número reduzido de casos, inflamação do músculo cardíado (miocardite) ou membrana que envolve o coração (pericardite) — duas complicações que também podem ser causadas pela infeção com SARS-CoV-2.
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Como mensagem de abertura da conferência, Marco Cavaleri recordou o comunicado conjunto com o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença (ECDC), divulgado esta quarta-feira. Os dois organismos europeus reforçaram a necessidade de completar a vacinação contra a Covid-19 (com duas doses se for caso disso) com a maior brevidade possível, uma vez que só assim é possível assegurar a proteção contra as variantes de preocupação, como a Delta.
O especialista indicou que a EMA não prevê, por enquanto, a recomendação de uma terceira dose de reforço, mas que a agência se mantém atenta ao aparecimento de novas variantes e ao impacto que podem ter na eficácia das vacinas autorizadas.
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No contexto das vacinas e medicamentos que estão a ser avaliados pela EMA, Marco Cavaleri confirmou que há uma avaliação em curso para a vacina da farmacêutica alemã Curevac, mas que só depois da farmacêutica ter recolhido todos os dados dos ensaios clínicos em curso e de os submeter à agência é que será emitido um parecer sobre a sua autorização ou não. E isso, diz o especialista da EMA, só deverá acontecer a partir do final do verão.
A Sputnik V é outra das vacinas em avaliação, mas não foram adiantadas mais informações sobre o processo de autorização, apenas que a avaliação não será diferente do que se está a fazer com as restantes vacinas.
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A EMA está também a avaliar a autorização condicional de entrada no mercado do medicamento Regeneron, o cocktail de anticorpos monoclonais usado por Donald Trump quando esteve infetado com SARS-CoV-2.
A avaliação está a avançar rapidamente, diz Marco Cavaleri, e a agência espera ter um parecer antes do final do ano, possivelmente primeiro como medida profilática para quem esteve exposto ao vírus (para prevenir a doença) e depois como forma de tratamento para casos menos graves, como também já foi testado.