Mais um episódio tenso na vida interna do CDS. Na reunião da Comissão Política Nacional do partido, que decorreu na noite desta terça-feira, Nuno Melo apontou duras críticas à direção do partido, lamentando a forma como abdicou de maior representatividade na coligação com Carlos Moedas e como acabou por deixar cair Assunção Cristas e João Gonçalves Pereira. No contra-ataque, a direção do partido acusou Melo de “cinismo” e de estar a colocar a sua agenda política à frente dos interesses do partido.
O eurodeputado, que se afigura como o mais provável adversário de Francisco Rodrigues dos Santos nas próximas eleições internas do partido, acabou mesmo por votar contra a direção nacional na escolha da lista para Lisboa — tal como Telmo Correia, líder parlamentar do partido. Este último, de resto, foi igualmente duro nas críticas dirigidas à direção do CDS.
Na opinião de Melo, Assunção Cristas e João Gonçalves Pereira, líder da distrital de Lisboa, atual vereador e agora excluído desta corrida, deviam ter merecido mais “respeito” por parte da direção do partido. A exclusão dos dois é, para o eurodeputado, um sinal inequívoco de que a atual direção está mais preocupada em fazer purgas internas do que em unir o partido.
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