O Japão lembrou esta sexta-feira bombardeamento atómico de Hiroshima a 6 de Agosto de 1945, com a controvérsia deste ano sobre a recusa do Comité Olímpico Internacional (COI) em pedir um minuto de silêncio nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Sobreviventes, familiares e apenas um alguns dignitários estrangeiros assistiram à cerimónia da manhã em Hiroshima, para homenagear as vítimas e apelar à paz mundial.

Devido à pandemia, o público em geral foi excluído da cerimónia, como em 2020, mas pôde segui-la na Internet.

Os participantes, mascarados e frequentemente vestidos de preto, fizeram um minuto de silêncio exatamente às 08:15, altura em que a bomba atómica norte-americana foi lançada sobre a cidade há precisamente 76 anos.

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Sobreviventes e o município de Hiroshima tinham recentemente proposto ao COI que os atletas olímpicos fossem convidados a juntar-se ao minuto de silêncio de Tóquio.

Mas o Presidente do COI, Thomas Bach, não deu seguimento a essa proposta, e respondeu numa carta que a cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de domingo proporcionaria uma oportunidade para homenagear todas as vítimas de acontecimentos trágicos da história mundial.

A bomba atómica em Hiroshima matou 140.000 pessoas entre agosto e o final de 1945, e a bomba lançada sobre Nagasaki a 09 de agosto de 1945 matou 74.000 pessoas. O Japão rendeu-se a 15 de agosto de 1945, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.

A cerimónia deste ano em Hiroshima é a primeira desde que o Tratado Internacional de Proibição de Armas Nucleares (ITNW) entrou em vigor em janeiro.

Contudo, o tratado não foi assinado pelos nove Estados detentores de armas nucleares (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte).