Desde o início da pandemia em Portugal, apenas 58 crianças e jovens deram entrada nas unidades de cuidados intensivos pediátricos dos hospitais. De acordo com a edição desta quarta-feira do Público, tal corresponde a 0,04% dos casos positivos registados desde março do ano passado e maio de 2021, considerando crianças e jovens dos zero aos 19 anos: o universo total de infeções neste período de tempo foi 125.942.

Olhando para os dados do Registo Nacional de Casos Pediátricos de Covid-19 com Internamento em Intensivos (Epicentre.pt), o principal motivo para o internamento foi a síndrome inflamatória multissistémica em idade a (MIS-C, sigla em inglês). Ainda assim, estes 58 casos dividem-se entre doença aguda e MIS-C — dos 17 casos de doença aguda registados, a maior parte das crianças e jovens tiveram doença respiratória, sendo que a idade média é de 90,3 meses.

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Considerando agora os 41 casos de MIS-C, à exceção de uma situação no Centro a propósito de uma criança de 15 meses, os restantes dizem respeito a idades entre os cinco e os 17 anos.

Até ao momento, registaram-se cinco mortes considerando estas faixas etárias, dos zero aos 19 anos — todas com comorbilidades associadas.

Para Cristina Camilo, presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos Pediátricos e responsável pelos dados pediátricos, a “doença grave é raríssima” em idade pediátrica. Citando ainda o presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médico, de março do ano passado até julho de 2021 registaram-se um total de 766 crianças internadas em enfermarias. “Sabendo nós que em março/ abril do ano passado foram internadas várias crianças por precaução, este número cai ainda mais.”

Na terça-feira, a Direção-Geral da Saúde voltou atrás com a posição tomada há menos de duas semanas, recomendando a vacinação universal para crianças entre os 12 e os 15 anos.

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