Com horário alargado no próximo sábado até à 1 hora da manhã de domingo, os centros de vacinação de Odivelas e Loures terão ainda DJs para ocupar o tempo dos jovens que serão vacinados este fim de semana.

Com um fim de semana praticamente exclusivo à faixa etária dos 16 aos 18 anos, o vice-almirante Gouveia e Melo confirma que os centros de vacinação de Loures e Odivelas propuseram à task force ter DJs nos espaços e que a equipa que coordena a vacinação a nível nacional deu o ‘ok’ necessário.

Esta será mais um dos argumentos apresentados na área de Lisboa e Vale do Tejo para atrair os mais jovens à vacinação.

Em entrevista à SIC esta quinta-feira, Gouveia e Melo voltou a afastar a hipótese de vacinação fora da área de residência, isto numa altura em que muitos portugueses estão de férias e que está aberta a janela de três dias — até sábado — para agendar a vacinação das crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos.

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Para já está fora dos planos da task force permitir que a vacinação possa ser realizada fora da área de residência, afirmou Gouveia e Melo recordando as dificuldades logísticas que aconteceriam se, subitamente, grande parte dos portugueses fosse vacinada, por exemplo, na região do Algarve.

“Tomar a segunda dose reduz em 11 vezes a probabilidade de óbito”

O vice-almirante Gouveia e Melo destacou ainda a eficácia da vacinação com dados sobre os surtos de janeiro, quer em número de infetados quer em número de mortos.

Se olharem para as mortes que tínhamos em janeiro e ao próprio surto pandémico, essa diferença de 300 mortos por dia para 10 ou 15 deve-se essencialmente ao processo de vacinação”, notou o responsável pela task force, frisando a importância do esquema vacinal completo.

“Por isso encurtámos o prazo entre a primeira e segunda dose. Tomar a segunda dose reduz em 11 vezes a probabilidade de óbito”, afirma o responsável que diz que o país está preparado para a terceira dose da vacina, caso seja essa a decisão.

Gouveia e Melo acrescentou ainda que os processos de vacinação indevida que foram detetados foram reportados à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e à Polícia Judiciária.

O vice-almirante reconheceu que esses casos o “irritaram”, uma vez que aconteceram essencialmente numa altura em que “estavam a morrer pessoas” que precisavam dessas vacinas, quando o processo de vacinação em Portugal tinha arrancado há pouco tempo.