O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) abriu um inquérito administrativo, na sequência da morte de animais durante o incêndio que teve início em Castro Marim, informou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, numa nota enviada às redações.

Em causa está a morte de, pelo menos, 14 animais num abrigo ilegal em Santa Rita, Vila Real de Santo António, conforme denunciou, esta terça-feira o PAN.

O Observador esteve no local, ao final do dia, e já só encontrou chapas de zinco no chão e as redes que serviriam para separar os animais naquele espaço — os animais tinham sido retirados por serviços do município mais cedo.

Castro Marim. O incêndio dominado duas vezes que destapou mais um abrigo ilegal de animais onde morreram 14 cães

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O inquérito do ICNF tem como objetivo “analisar e apurar as circunstâncias que, do ponto de vista administrativo, permitiram o funcionamento do referido abrigo”.

“De acordo com a informação feita chegar ao partido, a existência deste espaço, a funcionar em condições ilegais, ao que tudo indica, já havia sido denunciada, sendo, por isso do conhecimento das autoridades competentes”, refere o PAN numa nota enviada às redações, informando que irá “questionar a Câmara Municipal quanto à existência deste abrigo”.

O partido acrescenta na nota que desconhece que “diligências foram ou não tomadas, nomeadamente pela tutela, de modo a que fosse garantido que estes animais ficariam a salvo perante a ameaça deste incêndio”. É também isso que o Ministério do Ambiente agora quer ver esclarecido.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Romão, por sua vez, diz que, tanto quanto conseguiu apurar até ao momento, ninguém na autarquia tinha conhecimento daquele espaço, conforme disse ao Observador.

Atualizado às 10h50