Milhares de pessoas voltaram a manifestar-se este sábado em várias cidades francesas, pela sexta semana consecutiva, contra a obrigatoriedade do uso de certificado de saúde, por causa da covid-19.

De acordo com o Ministério da Administração Interna francês, ocorreram 220 manifestações em todo o país, com a participação de 175.503 pessoas.

O certificado de saúde consiste num código, emitido pelas autoridades, que garante a entrada em hospitais, cinemas, museus, comboios e alguns espaços públicos, mas muitos franceses entendem que representa uma obrigação, enviesada, de vacinação.

Este documento, que é aceite pela maioria dos franceses, escreve a France-Presse, é atribuído quando uma pessoa completou a vacinação contra a covid-19, apresenta um teste de antigénio ou PCR negativo com 72 horas de validade ou já está curada da doença.

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As manifestações têm revelado uma participação heterogénea, do ponto de vista social e político, mas com dois denominadores comuns: oposição ao certificado e crítica ao Presidente francês, Emmanuel Macron, afirma a Efe.

Segundo os dados mais recentes, 61% da população em França, ou seja, 41 milhões de pessoas, já tem a vacinação completa, mas o ritmo de vacinação abrandou, com uma descida de 4,8 milhões para 3,2 milhões de inoculações semanais.

As autoridades francesas revelaram ainda que hoje estavam hospitalizadas 10.463 pessoas infetadas com covid-19, das quais 2.106 nos cuidados intensivos. Morreram hoje 68 pessoas.

Desde que os primeiros registos de mortes por covid-19, em março de 2020, já morreram 113.300 pessoas em França.