Octávio Mateus, professor e investigador da Universidade NOVA de Lisboa descobriu e escavou um dos mais completos plesiossauros encontrados em África, na província do Namibe, Angola.

O estudo deste réptil — com 72 milhões de anos — foi o resultado da tese de Mestrado de Miguel Marx que uniu a Universidade NOVA de Lisboa com a Universidade de Évora. O trabalho de laboratório foi feito na universidade lisboeta.

“O achado é importante porque tem um crânio bem preservado e articulado”, lê-se na nota disponível no site da instituição de ensino, o que permitiu uma visão rara da anatomia craniana, tendo sido o novo espécime classificado de Cardiocorax mukulu.

“Os plesiossauros elasmosaurídeos, semelhantes ao mítico monstro de Loch Ness, podiam atingir 20 metros de comprimento, com cabeças pequenas e pescoços muito longos”, acrescenta o comunicado.

Vários fósseis estudados pela equipa com quem Miguel Marx trabalhou — Octávio Mateus, Louis Jacobs, Michael Polcyn, Anne Schulp e Olímpio Gonçalves — estão atualmente em exibição na exposição temporária “Sea Monsters Unearthed”, do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, em Washington.

Antes de voltarem definitivamente para a Angola, irão passar por Portugal, podendo já alguns fósseis da espécie ser vistos no Museu da Lourinhã.

Miguel Marx, autor principal do estudo, vai iniciar o seu doutoramento este mês de agosto na Suécia, na Universidade de Lound.

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