O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, revelou que já há “84 cidadãos afegãos que, em vários grupos, foram chegando a Portugal”. Segundo o governante, o país “tem capacidade de recursos para acolher pessoas na casa das centenas”. Esta tarde, o voo com 18 refugiados afegãos aterrou em Lisboa, adiantou também.
Em Portugal temos capacidade financeira, no âmbito do Fundo Asilo e Migração gerido pelo Ministério da Administração Interna, para acolher, com os atuais recursos, pessoas na casa das centenas”, disse Eduardo Cabrita.
Eduardo Cabrita falou aos jornalistas após a reunião do Conselho de Justiça e Assuntos Internos, em Bruxelas, sobre a situação no Afeganistão. Segundo o ministro, Portugal está alinhado com os países europeus para dar prioridade à reinstalação de grupos prioritários vindos do país asiático, especificamente “crianças, mulheres, ativistas pelos direitos humanos, jornalistas, juristas, em especial mulheres juízas”.
Cabrita adiantou ainda que a “Comissão Europeia vai realizar um fórum de alto nível sobre reinstalação de cidadãos afegãos” e referiu que o objetivo é cada país acolher mais pessoas. Quanto aos refugiados que Portugal vai acolher, o ministro afirma que “não há quotas”.
O número de 50 [pessoas] já está superado”, disse Cabrita. Mesmo assim, para já, “Portugal não se comprometeu com qualquer número [de refugiados afegãos]”, disse Cabrita.
De acordo com responsável do executivo, há uma “conjugação da prioridade absoluta que deve ser dada à dimensão humanitária” os países europeus para evitar um “futuro risco de segurança para a Europa e os cidadãos europeus”. “Nem todos os países vêem com o mesmo entusiasmo o esforço” para o acolhimento de refugiados, assumiu também Cabrita.