Os construtores de veículos automóveis, todos eles a prever consideráveis reduções de vendas em 2021 e consequentes prejuízos, devido à falta de chips, também conhecidos como semi-condutores, estão altamente preocupados com o futuro próximo. Depois dos prejuízos infligidos pela pandemia, em que não só os carros ficaram por produzir, como os clientes não apareciam para os adquirir, eis que se segue outra crise, desta vez provocada pela falta de uma pequena peça, sem a qual nada funciona a bordo de um automóvel moderno.

A consultora Alix Partners estimou os prejuízos que a indústria automóvel vai ter de enfrentar e chegou à conclusão que 210 mil milhões de dólares, cerca de 180 mil milhões de euros, podem não cobrir os prejuízos previstos para a totalidade dos fabricantes. A consultora previu que mais de 7,7 milhões de veículos poderão não ser construídos e, logo, vão ficar por vender.

De salientar que, em Maio, esta mesma consultora antecipou que os custos rondariam 110 mil milhões de dólares, com uma quebra da produção de 3,9 milhões de veículos. Estes valores pioraram grandemente em apenas três meses, um incremento de 97% na produção e 90% nos lucros.

À Automotive News, o responsável pela Alix Partners, Mark Wakefield, afirmou que “muitos pensaram que o problema da falta de chips estaria resolvido nesta fase, mas a verdade é que a indústria automóvel continua desesperadamente com falta de semi-condutores”.

Além destes, há outros equipamentos que estão em falta, como por exemplo os amortecedores. No recente Salão de Munique, o CEO da Mercedes, Ola Kallenius, disse que “a indústria deverá continuar a lidar com a falta de chips até 2023”.

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