Foi o primeiro de uma série de desfiliações em bloco que abanaram o PAN em 2020. Agora e sem qualquer surpresa para quem tem acompanhado o percurso do eurodeputado, Francisco Guerreiro anunciou oficialmente que se irá filiar no Volt, mas só depois do final do atual mandato no Parlamento Europeu.
O anúncio foi feito na Assembleia Geral do Volt Europa, que decorre este fim de semana em Lisboa, e publicitado pelo próprio nas redes sociais. “Ajudarei o Volt a tonar-se numa opção política ecologista em Portugal e na Europa”, escreve Francisco Guerreiro que se juntará assim à mulher, também ela ex-PAN, Sandra Marques que integra a distrital de Lisboa do partido.
Hoje, na Assembleia Geral do @VoltEuropa, partilhei que no final do meu mandato parlamentar, integrarei o @VoltPortugal. Ajudarei o Volt a tornar-se numa opção política ecologista em Portugal e na Europa. Obrigado a tod@s pelo apoio. ????????????????#volteurope #volt #europe #europa pic.twitter.com/28M2xvaEDm
— Francisco Guerreiro ???????? ???????? (@FGuerreiroMEP) October 17, 2021
Durante a campanha eleitoral Francisco Guerreiro apoiou oficialmente o candidato do Volt a Lisboa, que foi encabeçada por Tiago de Matos Gomes, e ao Porto onde fez questão de participar nas ações de campanha de André Eira.
Recorde-se que Francisco Guerreiro se desfiliou do PAN em junho de 2020, queixando-se de ter sido limitado na sua “independência política” enquanto eurodeputado em Bruxelas e alegando “divergências políticas com a direção”, mas os problemas entre a direção do partido e o à data, único eurodeputado, não eram exclusivas. A saída de Guerreiro foi apenas o pontapé de saída para dezenas de desfiliações no PAN num curto período de tempo. André Silva, homem forte do partido, foi a última das grandes perdas — depois de Cristina Rodrigues, uma das deputadas — para o PAN, que alegou a “paternidade” como argumento para sair de cena em junho deste ano.