O candidato social-democrata à chancelaria alemã, Olaf Scholz, anunciou esta quarta-feira um acordo de coligação com Os Verdes e os liberais (FDP) voltado internamente para a luta contra a pandemia e a crise climática, dois pontos altos da era pós-Merkel.

O combate à Covid-19 é uma questão prioritária, numa altura em que se assiste dia a dia a um novo máximo de incidência, sublinhou Scholz no preâmbulo do pacto para a legislatura (2021-2025), abrindo, depois, caminho para outros focos de idêntica importância e igualmente de ação imediata.

Scholz defendeu a criação de uma equipa, ou “gabinete de crise“, que analisará em conjunto com especialistas a evolução diária das infeções, referindo-se, depois, ao projeto de lei para impulsionar a vacinação voluntária em setores profissionais essenciais, como pessoal de saúde e de atendimento a pessoas vulneráveis.

“A primeira potência industrial da Europa vai dotar-se de um novo Governo, uma aliança sem precedentes, cujo propósito é modernizar este país, o que exige um grande esforço”, disse, por seu lado, o co-líder dos Verdes, Robert Habeck, que, presumivelmente, será o ministro da Economia e Meio Ambiente.

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Estamos diante do grande desafio de uma crise de saúde. Mas também enfrentamos outros desafios persistentes que temos de combater, como a digitalização e a modernização do país”, disse, por sua vez, o líder liberal, Christian Lindner, que a imprensa o coloca à frente de Finanças.

O roteiro traçado prevê que Scholz seja investido pelo parlamento nos primeiros dias do próximo mês, possivelmente a 6 de dezembro, para liderar o que será o primeiro executivo tripartido a nível federal na Alemanha, o que encerrará oficialmente os 16 anos de Angela Merkel no poder.

A lista de ministros será divulgada nos próximos dias, já que a respetiva designação corresponde formalmente a cada partido.