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Ómicron. Quantos casos existem e que países fecharam fronteiras? Veja no mapa

Este artigo tem mais de 3 anos

O Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença alerta que fechar as fronteiras na Europa só nos fará ganhar, no máximo, 2 semanas e que, em poucos meses, a Ómicron poderá ter dominado a Delta.

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Países com casos confirmados da variante Ómicron (a laranja), com restrições aplicadas nas viagens mesmo sem casos (a amarelo) e ainda sem informação (a cinzento), com dados de número de casos 14 de dezembro de 2021

Observador

Países com casos confirmados da variante Ómicron (a laranja), com restrições aplicadas nas viagens mesmo sem casos (a amarelo) e ainda sem informação (a cinzento), com dados de número de casos 14 de dezembro de 2021

Observador

Entre o dia 24 de novembro, quando a África do Sul reportou os primeiros casos da nova variante, e o dia 1 de dezembro, foram confirmados mais de 350 casos de Ómicron em 27 países, incluindo 70 casos em 13 países europeus, segundo o relatório do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo da Doença (ECDC) publicado esta quinta-feira.

O Observador tentará acompanhar o número de países que reportam a presença da variante Ómicron e o número de casos identificados, assim como reunir as restrições impostas pelos vários países neste mapa interativo, que será atualizado sempre que possível.

O organismo europeu não tem dúvidas que o número de casos confirmados vai continuar a aumentar — agora que os países sabem o que devem procurar e como —, mas também porque além dos casos importados dos países do sul da África, também já há registo de transmissão dentro dos agregados familiares ou na comunidade. Portugal é um exemplo disso: à partida, um único caso vindo da África do Sul terá originado um surto na B-SAD com 20 casos confirmados de Ómicron até esta quinta-feira.

Porque é que África se pode tornar o “continente da covid”? O que se pode seguir depois da Ómicron?

A existência de uma nova variante — cuja origem ainda não está totalmente determinada — tem levado vários países a fechar as fronteiras aos países africanos ou a exigir mais testes e quarentenas aos viajantes. As novas regras não conseguiram, no entanto, impedir a entrada da nova variante na Europa e à medida que aumentam o número de casos sem relação com viagens a África, serão cada vez menos eficazes para conter a disseminação da Ómicron, alerta o ECDC.

Com base no pressuposto de que os casos já foram importados para muitos países da União Europeia e Espaço Económico Europeu, o modelo interno do ECDC mostra que o encerramento das fronteiras ou a proibição de viagens provavelmente só atrasam o impacto da nova variante, em termos de número de casos e hospitalizações nos países da UE/EEE, em duas semanas, no máximo”, lê-se no relatório.

O ECDC alerta que, apesar de os dados sobre a transmissibilidade, gravidade da doença e capacidade de escapar ao sistema imunitário ainda serem muito poucos e preliminares, há alguns indícios de que a Ómicron possa ter uma vantagem sobre a Delta. “Se assim for, os modelos matemáticos indicam que a variante Ómicron poderá causar metade de todas as infeções na União Europeia e Espaço Económico Europeu nos próximos meses“, lê-se no relatório.

Ómicron pode tornar-se responsável por mais de metade dos casos de Covid-19 na UE

Assim, com base nos dados existentes, embora reconhecendo que são limitados, o ECDC considera que o risco da Ómicron para os países europeus é “alto a muito alto”, mas lembra que, neste momento, ainda estamos a lidar com a Delta e com a perda de imunidade em algumas pessoas.

Ómicron tem mais de 30 mutações e pode estar bem mais disseminada. O que se sabe sobre a nova variante?

O organismo europeu recomenda a vacinação completa de todas as pessoas e o reforço de vacinação a partir dos 40 anos — seis meses após a segunda dose —, a começar pelos mais vulneráveis e mais velhos, mas, eventualmente, chegando a todos os adultos com mais de 18 anos.

Anticorpos resultantes de infeções anteriores não impedem novas infeções com Ómicron

As medidas que visam reduzir a transmissão, e que têm resultado para todas as variantes, continuam a ser aconselhadas e reforçadas: distanciamento físico, boa ventilação dos espaços fechados, manutenção de medidas de higiene das mãos e higiene respiratória (como tossir ou espirrar no cotovelo), uso adequado das máscaras e, claro, ficar em casa sempre que se sinta doente.

Além disso, a testagem, rastreio de contactos e sequenciação genética continuam a ser importantes não só para conter as cadeias de transmissão como para identificar que variante domina num determinado momento e local.

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