O parlamento espanhol concluiu o processo de ratificação do acordo de pesca entre Portugal e Espanha, que entrará em vigor em 1 de janeiro de 2022 por um período de cinco anos, anunciou esta sexta-feira o Governo espanhol.

A aprovação do compromisso pelo parlamento foi o último passo antes da sua publicação no Boletim Oficial do Estado espanhol (correspondente ao Diário da República em Portugal) e da sua entrada em vigor, o que conduzirá a uma melhoria na gestão dos recursos e “dará estabilidade às frotas de ambos os países”, segundo um comunicado do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação espanhol.

Portugal e Espanha assinaram em 28 de junho último, no Luxemburgo, este acordo, que se renova por cinco anos, prorrogável por mais dois anos, é o compromisso que tem regido e harmonizado as condições da atividade das frotas dos dois países em águas vizinhas desde 1986.

Entre os principais aspetos, estabelece-se que os arrastões espanhóis e portugueses devem respeitar as horas de atividade previstas para esta modalidade nas águas do outro país.

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No caso do arrasto, que pode ter lugar aos fins de semana, as capturas só podem ser desembarcadas nos portos do outro país depois das 00h00 de terça-feira.

Esta medida responde a uma das exigências feitas pela frota espanhola, que é obrigada pela regulamentação nacional a suspender a pesca aos fins-de-semana, ao contrário da frota portuguesa, que não é proibida de o fazer.

O acordo inclui também a autorização de desembarque em portos espanhóis e portugueses, independentemente do local onde a primeira venda terá lugar posteriormente.

Os navios terão de pagar as taxas do país onde se efetua o desembarque e acompanhar as capturas com um documento de transporte até ao local da primeira venda.

O compromisso mantém ainda as principais possibilidades de pesca em termos do número de licenças para ambas as frotas, tanto em águas continentais como nos acordos fronteiriços do Minho e do Guadiana.