Faltam tradutores na Justiça, não só na Procuradoria-Geral da República (PGR) — agora com urgência de traduzir os documentos para a extradição de João Rendeiro —, mas também nos tribunais, noticia o Público.
Porquê? “Os tribunais pagam mal e tarde”, disse ao jornal Paula Pinto Ribeiro, presidente da Associação de Profissionais de Tradução e de Interpretação. “Há tradutores à espera de receber há mais de 10 anos.”
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A PGR tem dois tradutores que, num bom ritmo, podem traduzir 10 páginas por dia cada um, mas insuficiente para traduzir as cerca de 1.000 páginas do processo de João Rendeiro, detido na África do Sul, em 40 dias.
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A PGR disse que se fosse preciso contratava empresas externas e o Público encontrou dois anúncios cuja descrição encaixa no caso em questão: um de uma empresa com sede no Reino Unido, outro para pós-edição (podendo significar uma tradução automática inicial por computador).