Josef Fritzl é provavelmente um dos criminosos austríacos mais conhecidos dos últimos anos. Em 2008, foi condenado a uma pena de prisão perpétua por ter raptado e mantido a sua filha em cativeiro durante 24 anos, abusando sexualmente dela ao longo desse tempo. Agora pode ser libertado, se tiver uma avaliação psicológica favorável.

Se a equipa médica concluir que Fritzl já não é um perigo para a sociedade, o austríaco pode candidatar-se a uma saída antecipada em 2024, segundo o jornal The Telegraph.

A oportunidade surge porque Fritz esteve até agora a cumprir pena numa unidade especial para condenados com problemas psicológicos, mas foi transferido para uma prisão normal no início do ano — onde há a possibilidade de se candidatar a uma redução da pena. O Ministério Público recorreu da decisão e o Supremo Tribunal de Viena decidiu que deve ser feita uma avaliação psicológica a Fritzl para determinar em qual das instituições deve permanecer.

Se os médicos considerarem que Fritzl está “mentalmente são”, poderá permanecer naquela prisão e tentar ser libertado. Contudo, o jornal afirma que é considerado “improvável” que Fritzl tenha essa avaliação, já que tem revelado sinais de demência.

Josef Fritzl foi condenado a uma pena perpétua e já cumpriu 15 anos de prisão. Ao longo de 24 anos, Fritzl manteve a sua filha Elisabeth prisioneira na cave da casa de família, em Amstetten. Violava-a regularmente e Elisabeth chegou mesmo a ter sete filhos, resultado desses abusos sexuais.

A situação foi descoberta pelas autoridades quando uma das crianças entrou em coma e foi levada pelo austríaco ao hospital. A equipa médica desconfiou da história e denunciou a situação à polícia, que reabriu a investigação ao desaparecimento de Elisabeth, tendo acabado por vir a descobrir onde estava a jovem.

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