Se as eleições legislativas fossem hoje, o PS voltaria a ganhá-las com 38% das intenções de voto. O PSD conseguia 31% e melhorava não só o resultado de 2019 (28%), como ainda encurtava a diferença para os socialistas para sete pontos percentuais. Segundo uma sondagem publicada esta quinta-feira pela SIC/Expresso, os partidos de direita ganham força, mas a esquerda continua a garantir a maioria no Parlamento.

De acordo com os resultados, o Chega seria a terceira força política com 7% dos votos, subindo de forma considerável em comparação com as últimas eleições, mas longe da meta dos 15% traçada por André Ventura. Seguia-se a CDU com 6%, que mantém o mesmo resultado do que em 2019, e o BE, com 5%, registando uma queda de cinco pontos percentuais face às últimas legislativas. A Iniciativa Liberal crescia e seria a sétima força política mais votada, angariando 4%, seguindo-se do PAN e do CDS, que obtêm 2% dos votos — e ambos descem relativamente a 2019.

Neste cenário, a Assembleia da República continuava com uma maioria de esquerda. Os partidos que compunham a gerigonça não atingiam, ainda assim, o objetivo da maioria, ficando-se pelos 49%, precisando do PAN para conseguir mais de 50%. Por seu turno, os partidos da direita contabilizam 44% das intenções de voto.

Face à última sondagem da SIC/Expresso, a esquerda mantém os resultados, à exceção do PS, que cai dois pontos percentuais. Em contrapartida, quase todos os partidos de direita ganham força: o PSD sobe cinco pontos percentuais, o IL sobe dois pontos e até o CDS consegue aumentar um ponto percentual. A única descida pertence ao Chega, que cai três pontos percentuais.

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A sondagem mostra ainda que há 38% eleitores sem qualquer simpatia partidária que se mostra indecisa sobre em quem vai votar no próximo dia 30 de janeiro, enquanto 40% acredita numa maioria absoluta.

Eleitores do PS preferem negociações à esquerda, mas 61% defende maioria absoluta

Um total de 61% dos eleitores que dizem votar PS veem vantagens numa maioria absoluta, em comparação com 43% dos inquiridos sociais-democratas.

No caso de nenhum partido conseguir uma maioria absoluta, 46% dos eleitores socialistas preferem negociações à esquerda — 26% vê o BE como parceiro e 20% escolhe o PCP. Há ainda 5% que gostavam o PAN apoiasse o PS. Já 36% preferiam que António Costa formasse um bloco central e negociassem com Rui Rio.

Por seu turno, entre os eleitores sociais-democratas, 39% aponta como parceiro preferencial o CDS, 10% a IL e 7% o Chega. Na eventualidade de um bloco central, apenas 31% dos simpatizantes do PSD gostavam que Rui Rio encetasse conversações com Costa no pós-eleições.