Foram concedidos mais de 32 mil registos de nacionalidade portuguesa a descendentes de judeus sefarditas, tendo 20.892 sido atribuídos só em 2020, avança este domingo o Público.

2020 foi, assim, o ano com mais naturalizações, sendo um total de 65% dos pedidos concedidos desde 2015. A maioria dos cidadãos a requerer nacionalidade portuguesa é israelita — são 69%.

Ainda não há dados referentes a 2021. Em 2020 foram recebidos mais de 34 mil pedidos, tendo 163 tido decisão desfavorável e 20.892 foram aprovados. Há, assim, mais de 13 mil pessoas à espera da decisão, acrescenta o Público. E isto só com referência a 2020. Se incluirmos os anos todos, estão em análise 54.160 pedidos.

Assim, desde 20015 e até final de 2002, dos 86.557 pedidos com certificação houve 32.192 com parecer favorável. Uma destas naturalizações, segundo avançou o Público há umas semanas, foi a de RomanAbramovich, multimilionário russo e dono do Chelsea, ao abrigo da Lei da Nacionalidade que possibilita a obtenção de cidadania a quem descende da comunidade sefardita.

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O que, aliás, já levou o opositor de Putin, Alexey  Navalny, a acusar Abramovich de ter subornado Portugal para conseguir cidadania portuguesa e ter uma boa influência em Estados-membros da NATO.

Alexey Navalny critica Portugal por ter concedido cidadania a Roman Abramovich

O que mereceu resposta de Augusto Santos Silva. O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que “a crítica dirigida a Portugal é profundamente injusta” e que “a ideia que os funcionários públicos portugueses carregam malas de dinheiro é insultuosa”.

Santos Silva diz que críticas de Navalny “não têm fundamento” e são “profundamente injustas”