Os Estados Unidos condenaram esta terça-feira o lançamento, pela Coreia do Norte, de um míssil balístico no mar oriental norte-coreano, o segundo numa semana, qualificando a ação como “uma ameaça para os vizinhos e para a comunidade internacional”.

Segundo um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, o míssil foi lançado às 07h27 locais desta terça-feira (22h27 de segunda-feira em Lisboa) e percorreu perto de 700 quilómetros a uma altitude de cerca 60 quilómetros, a uma velocidade de 3,43 quilómetros por segundo, o que equivale a ‘Mach 10’.

Os mísseis hipersónicos atingem, geralmente, a velocidade de ‘Mach 5’.

As Forças dos Estados Unidos na Coreia do Sul (USFK) estimaram, por seu lado, que o ensaio do míssil é a prova das “consequências desestabilizadoras do programa de armamento ilícito” da Coreia do Norte

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As forças armadas da Coreia do Sul e do Japão alertaram que a Coreia do Norte tinha lançado o míssil balístico.

Os lançamentos deste mês surgem na sequência uma série de testes de armamento em 2021, que traduzem a forma como a Coreia do Norte continua a expandir as suas capacidades militares numa fase de confinamento pandémico autoimposto e de conversações nucleares estagnadas com os Estados Unidos.

Os chefes do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disseram que a Coreia do Norte disparou provavelmente um único míssil balístico a partir de uma área interior para o seu mar oriental, e que as forças armadas sul-coreanas e norte-americanas estavam a analisar o lançamento.

O disparo do míssil ocorre no mesmo dia em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne, à porta fechada, para analisar as consequências dos testes com armas hipersónicas realizados pela Coreia do Norte na semana passada.

A reunião ocorre depois de seis países, incluindo os Estados Unidos e o Japão, terem pedido à Coreia do Norte que se envolva “num diálogo construtivo no sentido do objetivo comum de desnuclearização completa”.