O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) disse, esta quarta-feira, existirem “diferenças significativas” entre os aliados e a Rússia sobre a situação na Ucrânia e a segurança na Europa, mas manifestou disponibilidade para dialogar “em boa-fé”.

“Há diferenças significativas entre os aliados e a Rússia sobre estas questões que não são fáceis de ultrapassar”, declarou Jens Stoltenberg, numa conferência de imprensa realizada em Bruxelas.

Nas declarações após uma reunião da Rússia com a Aliança Atlântica (Conselho NATO-Rússia) sobre a escalada militar russa na fronteira com a Ucrânia, o responsável garantiu que a NATO está ainda assim “disponível para se sentar” e dialogar “em boa-fé”, vendo como “sinal positivo” o encontro realizado entre a aliança e o Kremlin (Presidência russa) sobre “questões importantes”, a primeira em dois anos.

“Estamos disponíveis para discutir várias questões […], mas não estamos dispostos a comprometer os princípios da segurança europeia, de que os países têm o direito de escolher o seu caminho”, adiantou Jens Stoltenberg.

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A Ucrânia e a NATO denunciaram nos últimos meses a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, considerando tratar-se do prelúdio de uma invasão.

Os ocidentais receiam uma possível invasão russa do território ucraniano, como a de 2014 que culminou na anexação da península da Crimeia.

O Conselho NATO-Rússia, um fórum de cooperação criado em 2002, não realizava uma reunião formal desde 2019.