Preso durante 15 anos em Israel por terrorismo, o palestiniano Rafat al-Qarawi conseguiu, ainda assim, ter quatro filhos com a sua mulher, e não foram visitas conjugais o que levou ao nascimento das crianças, mas sim um pacote de batatas fritas.

Segundo a Palestinian Media Watch, uma organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo da sociedade palestiniana, Rafat entregava amostras de esperma à sua mulher num saco de batatas fritas ou de bolachas adquiridos na prisão, uma prática recorrente entre reclusos.

O processo começava por comprar cinco itens na cantina da prisão, que seriam depois entregues num saco ao visitante, uma prática permitida na prisão. Antes que os guardas chamassem pelo seu nome para a visita, o prisioneiro depositaria o esperma dentro da embalagem de comida. De seguida, o prisioneiro “embrulharia [de novo] a embalagem de um modo específico, e depois marcava-a”, explicou Rafat.

Colocávamos a amostra dentro da [embalagem] e batatas fritas ou de bolachas e selávamos o pacote profissionalmente para que os guardas prisionais não pudessem distinguir se o pacote tinha ou não sido aberto”.

Depois, durante a visita, o saco com os itens comprados na cantina — incluindo a embalagem com a amostra de esperma — era entregue ao visitante “que pode ser a mulher ou a mãe”. A família levava depois a embalagem ao Centro Clínico de Inseminação Razan.

A organização pró-Palestina alega que terão nascido já 101 crianças através deste método.

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