O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira, por maioria, um pedido de França para apoio de 3,7 milhões de euros destinado a 297 trabalhadores despedidos da “gigante” aeronáutica europeia Airbus, visando formação e incentivo ao emprego próprio.

Durante a sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, os eurodeputados aprovaram por 655 votos a favor, 23 contra e 14 abstenções o relatório da comissão parlamentar de Orçamentos que dá “luz verde” ao pedido da França para recorrer a este apoio do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização a favor dos Trabalhadores Despedidos.

Na ocasião, os eurodeputados reconheceram que, “no âmbito da pandemia de Covid-19, as restrições gerais de viagem levaram a um colapso geral da aviação comercial, em particular no setor dos voos de passageiros e, de acordo com a Airbus, a recuperação total do setor não deverá ocorrer antes de 2025”, assinala o PE em comunicado.

Por essa razão, a ajuda agora aprovada visa “financiar formação sobre como criar uma empresa e subvenções ao arranque de empresas”, adianta a assembleia europeia.

Foram, ao todo, 508 os trabalhadores deslocados quando a atividade da Airbus cessou, estimando França que, do total, 297 sejam beneficiários elegíveis das medidas de apoio no âmbito deste fundo europeu.

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O custo total estimado das medidas francesas de apoio aos funcionários despedidos da Airbus é de 4,4 milhões de euros, dos quais o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização a favor dos Trabalhadores Despedidos irá cobrir 85%, isto é, 3,7 milhões de euros. Caberá à Airbus avançar com o montante restante, ou seja, 700 mil euros.

Os funcionários despedidos são das regiões do Pays de la Loire e Occitanie, ambas fortemente dependentes da indústria aeronáutica.

As regras do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização a favor dos Trabalhadores Despedidos para o quadro financeiro plurianual 2021-2027 ditam que estas verbas comunitárias se destinam a apoiar trabalhadores e os trabalhadores independentes cuja atividade tenha cessado.

Os efeitos económicos da crise da Covid-19 são elegíveis para apoio deste fundo, podendo os Estados-membros candidatar-se a este financiamento da UE quando pelo menos 200 trabalhadores perdem os seus postos de trabalho dentro de um período de referência específico.