Ângela Barreto, cidadã luso-holandesa de 26 anos, foi esta sexta-feira condenada a quatro anos e meio de prisão por um tribunal de Roterdão. Em causa estava a sua adesão ao Estado Islâmico (EI) e o seu papel na preparação de crimes de terrorismo.

Barreto viajou para a Síria em agosto de 2014 e casou-se com um combatente da organização terrorista, com quem acabaria por ter dois filhos. O Ministério Público holandês, que pediu seis anos de prisão, acusava-a de ter recrutado outras jovens para o EI e de fornecer armas.

A notícia é do jornal holandês De Telegraaf, que recorda que esta é a pena mais alta já aplicada nos Países Baixos para uma mulher que viajou para a Síria e se casou com um combatente do EI. O jornal Expresso afirma que foi descontado da pena o tempo que Ângela Barreto passou detida em prisão preventiva nos Países Baixos, mas não o tempo em que esteve num campo de detenção na Síria.

O Expresso acrescenta ainda que os procuradores holandeses destacaram o facto de a arguida ter mantido armas durante o período em que esteve na Síria, como sinal de que não seria uma vítima, mas sim parte ativa da organização. “Ângela tinha uma arma de fogo própria, uma AK-47. Ela própria vendeu granadas. E chegou a escrever à sua mãe que estava a lutar pela liberdade e não tinha qualquer intenção de parar”, disse o Ministério Público.

Já o advogado da luso-holandesa, Jeffrey Jordan, disse à SIC ainda antes de ser conhecida a sentença que Barreto está arrependida. “Ela diz que merece um castigo e quer um veredicto honesto”, afirmou o advogado, que garantiu que ela está “envergonhada” por se ter juntado ao EI.

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