A líder da União Nacional e candidata deste partido da extrema-direita à presidência francesa, Marine Le Pen, suspendeu a campanha “até obter os apoios necessários” para formalizar a candidatura, anunciou esta terça-feira o seu gabinete.

Marine Le Pen, que foi a principal rival e segunda nas eleições presidenciais de 2017 contra o vencedor, Emmanuel Macron, precisa reunir as 500 assinaturas de detentores de cargos políticos eleitos necessárias para validar a sua candidatura, de acordo com o sistema eleitoral francês.

Apontada pelas sondagens como ocupando o segundo lugar na primeira volta das eleições de abril, atrás do Presidente Emmanuel Macron — que ainda não anunciou a sua candidatura –, Le Pen obteve até agora apenas 366 apoios, a poucos dias do fim prazo para a apresentação das assinaturas.

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No domingo, o outro candidato de extrema-direita, Eric Zemmour, que segue Marine Le Pen nas intenções de voto de acordo com as sondagens, tinha assegurado que era “muito possível” que também ele não conseguisse as 500 assinaturas de apoiantes.

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Outros candidatos estão também ainda a tentar recolher as assinaturas de que precisam, como o da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, o único candidato de uma esquerda dividida e enfraquecida que consegue ultrapassar os 10% das intenções de voto, segundo as sondagens.

O Conselho Constitucional estabeleceu as 18h00 de sexta-feira, 4 de março, como prazo para a apresentação das 500 assinaturas necessárias para que se possa declarar formalmente um candidato.