Em Londres, há cerca de um mês, Rui Rio admitia que queria “dar 2-0” ao PS no círculo da Europa na repetição das eleições, mas a aposta não podia ter saído mais ao lado. Quem acabou a levar os dois deputados foi o PS, que vê a maioria absoluta ficar ainda mais reforçada, enquanto o ainda líder do PSD — que já anunciou que não será recandidato — vê a bancada ficar mais pequena que na legislatura anterior.
Com os resultados finais ainda por apurar oficialmente, é a própria candidata dos sociais-democratas Maria Ester Vargas que diz à RTP que não conseguirá ser eleita nesta repetição das eleições na Europa. Caso não se tivesse repetido a eleição, os socialistas tinham conseguido um deputado para e o PSD o segundo, mas o resultado agora a história será diferente.
Com a não eleição da social-democrata Maria Ester Vargas, o PS faz o pleno e elege os dois nomes da lista: Paulo Pisco e Nathalie Oliveira. Já o PSD marca na história a primeira vez que não consegue eleger nenhum dos nomes propostos a sufrágio e Rui Rio deixa uma bancada com 77 deputados.
Recorde-se que a eleição foi repetida depois de o Tribunal Constitucional ter recebido recursos sobre a anulação de votos dos emigrantes em algumas mesas de voto. O Chega, PAN, Livre e Volt Portugal apresentaram recurso ao TC que decidiu pela repetição dos atos eleitorais nas assembleias do círculo da Europa onde se verificaram irregularidades no processo eleitoral.
A eleição realizou-se no fim de semana de 13 e 14 de março, um mês e meio depois de os portugueses terem ido às urnas, a 30 de janeiro. Segundo a secretária de Estado das Comunidades, à Rádio Observador no dia 14, o número de eleitores portugueses a votar na repetição acabou por ser superior ao registado em janeiro.
Repetição das eleições no círculo da Europa teve mais votos presenciais do que em janeiro