O chefe dos serviços de informações militares franceses, o general Eric Vidaud foi demitido, depois do que foi considerado um desempenho insuficiente a propósito da invasão russa da Ucrânia.

A informação foi avançada pela AFP, que a recebeu de fontes militares e conhecedoras do assunto. Uma fonte militar confirmou a saída do dirigente da Direção das Informações Militares (DRM), segundo uma informação divulgada pelo site Opinion. Este cita uma fonte interna do Ministério das Forças Armadas, que mencionou “informações insuficientes” e “uma falta de conhecimento dos assuntos”.

Segundo a fonte militar contactada pela AFP, a DRM já estava no radar do Estado-Maior das Forças Armadas desde a invasão russa da Ucrânia. Segundo uma outra fonte militar interrogada pela AFP, que requereu o anonimato, a saída de Vidaud, já era objeto de conversas há alguns dias entre os dirigentes militares.

“Não se pode resumir esta mudança apenas à situação ucraniana. Trata-se também de reorganizar o serviço“, destacou outra fonte conhecedora do assunto.

No início de março, o porta-voz das Forças Armadas francesas, o general Burkhard, reconheceu que os serviços de informação não tinham estado à altura dos britânicos e norte-americanos, que previram com exatidão que a Rússia ia atacar. “Os nossos serviços pensavam que o custo de conquistar a Ucrânia seria monstruoso e que os russos tinham outras opções” para tirar Volodymyr Zelensky do poder.

A ação do general Eric Vidaud foi especialmente criticada porque, nos dias anteriores à invasão, concedia de forma regular informações erradas ao Presidente francês, Emmanuel Macron.

O general Vidaud tinha sido nomeado para o cargo no último verão, proveniente do comando das operações especiais.

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