O antigo Presidente dos Estados Unidos da América Brack Obama afirmou, numa entrevista dada esta terça-feira à Today, que “Putin sempre foi cruel com o seu povo, assim como com os outros” e que “sempre foi alguém envolto numa ideia distorcida de luto e nacionalismo étnico“. “Essa parte de Putin esteve sempre presente”, confessou.

No entanto, tal como tinha referido recentemente, o ex-líder da Casa Branca considerou que a atual invasão da Rússia à Ucrânia representa uma abordagem por parte do líder russo que não era evidente no passado. “O que que temos visto, com a invasão da Ucrânia, é ele a ser imprudente de um modo que não era antecipável há oito ou dez anos, mas o perigo sempre esteve lá”, contou à Today.

Questionado sobre o jornalista em relação a uma possível abordagem diferente à ocupação da Crimeia por parte das tropas russas em 2014, Obama explicou que “as circunstâncias são agora diferentes”, tornando complicada essa análise.

O que estamos a ver de um modo consistente é um lembrete do quão importante é para nós não tomar a nossa democracia como algo garantido. E também porque é tão importante que apoiemos e nos alinhemos com aqueles que acreditam na liberdade e na independência”, defendeu.

Barack Obama concluiu a entrevista com uma palavra sobre a atual administração norte-americana e a sua resposta ao conflito no leste da Europa. “Acho que a atual administração está a fazer o que é necessário.”

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No passado dia 6 de abril, durante uma conferência organizada pelo Instituto de Política da Universidade de Chicago e pela revista The Atlantic, Barack Obama tinha afirmado que o líder russo que conheceu não é a “mesma pessoa que está agora a liderar esta invasão”.

Obama sobre Putin: “Não sei se a pessoa que conheci é a mesma pessoa que está agora a liderar esta invasão”

Barack Obama ocupou a Sala Oval da Casa Branca entre janeiro de 2009 janeiro de 2017. Durante os seus dois mandatos, o antigo líder norte-americano testemunhou a anexação da Crimeia por parte da Rússia e o início dos conflitos separatistas no leste da Ucrânia, assim como a deposição do antigo Presidente ucraniano pró-russo Viktor Ianukóvytch — um conjunto de eventos que teve lugar em 2014.