O antigo Presidente dos Estados Unidos da América Brack Obama afirmou, numa entrevista dada esta terça-feira à Today, que “Putin sempre foi cruel com o seu povo, assim como com os outros” e que “sempre foi alguém envolto numa ideia distorcida de luto e nacionalismo étnico“. “Essa parte de Putin esteve sempre presente”, confessou.
No entanto, tal como tinha referido recentemente, o ex-líder da Casa Branca considerou que a atual invasão da Rússia à Ucrânia representa uma abordagem por parte do líder russo que não era evidente no passado. “O que que temos visto, com a invasão da Ucrânia, é ele a ser imprudente de um modo que não era antecipável há oito ou dez anos, mas o perigo sempre esteve lá”, contou à Today.
Questionado sobre o jornalista em relação a uma possível abordagem diferente à ocupação da Crimeia por parte das tropas russas em 2014, Obama explicou que “as circunstâncias são agora diferentes”, tornando complicada essa análise.
Former President Obama weighed in on Putin’s war during an exclusive interview with @alroker. pic.twitter.com/DhKN0Rlo7u
— TODAY (@TODAYshow) April 12, 2022
O que estamos a ver de um modo consistente é um lembrete do quão importante é para nós não tomar a nossa democracia como algo garantido. E também porque é tão importante que apoiemos e nos alinhemos com aqueles que acreditam na liberdade e na independência”, defendeu.
Barack Obama concluiu a entrevista com uma palavra sobre a atual administração norte-americana e a sua resposta ao conflito no leste da Europa. “Acho que a atual administração está a fazer o que é necessário.”
No passado dia 6 de abril, durante uma conferência organizada pelo Instituto de Política da Universidade de Chicago e pela revista The Atlantic, Barack Obama tinha afirmado que o líder russo que conheceu não é a “mesma pessoa que está agora a liderar esta invasão”.
Barack Obama ocupou a Sala Oval da Casa Branca entre janeiro de 2009 janeiro de 2017. Durante os seus dois mandatos, o antigo líder norte-americano testemunhou a anexação da Crimeia por parte da Rússia e o início dos conflitos separatistas no leste da Ucrânia, assim como a deposição do antigo Presidente ucraniano pró-russo Viktor Ianukóvytch — um conjunto de eventos que teve lugar em 2014.