António Filipe, ex-deputado e atual assessor parlamentar do PCP, ironizou sobre o discurso de Volodymyr Zelensky na Assembleia da República. “Talvez alguém convide o Mário Machado para estar presente nas galerias”, atirou.

Na sua conta pessoal do Twitter, o comunista disse que “os amigos são para as ocasiões”, comparando o dirigente neonazi da Nova Ordem Social ao Presidente ucraniano.

No final da noite desta quinta-feira, e após várias críticas, António Filipe voltou a reagir ao discurso de Volodymyr Zelensky nas suas redes sociais: “Se eu não fosse do PCP, inscrevia-me hoje”. 

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Antes do discurso, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, afirmou que se fosse Vladimir Putin a ir ao Parlamento português, o PCP teria “a mesma posição” e não estaria presente.

Em entrevista à SIC Notícias, Paula Santos procurou descolar-se da Rússia de Vladimir Putin, dizendo que “não houve nenhum dirigente do PCP nem nenhuma declaração que permita retirar qualquer conclusão no sentido de que o PCP é próximo de Vladimir Putin”.

No entanto, o Partido Comunista continua a recusar-se a condenar claramente a invasão da Ucrânia pela Rússia, sublinhando repetidamente que condena “todo o processo”. “Não podemos ignorar que há uma guerra na Ucrânia desde 2014”, disse Paula Santos, que colocou em pé de igualdade a revolução da EuroMaidan de 2014 — apelidada de “golpe de Estado” que instaurou um “poder xenófobo e belicista” —, a “intervenção militar da Rússia” e a “ingerência” dos EUA, UE e NATO no conflito.

“A solução para a guerra é a paz”, disse Paula Santos, apelando a que sejam travados os bombardeamentos “por todas as partes”.

Artigo atualizado à 00h24 com o novo tweet de António Filipe