Os Estados Unidos da América (EUA) vão disponibilizar 404 milhões de dólares (383 milhões de euros) para o plano operacional de Moçambique no combate à sida em 2023, anunciou a embaixada norte-americana em comunicado.

O apoio é destinado à implementação do Plano Estratégico Nacional do VIH/sida 2021-2025, que procura reduzir os níveis de infeção e, principalmente, garantir o tratamento de crianças, adolescentes e jovens.

“Com o objetivo de levar Moçambique a atingir a meta 95-95-95 da ONUSIDA e, em última análise, o controlo da epidemia”, refere o comunicado divulgado na página de Internet dos EUA.

A meta 95-95-95 da ONUSIDA prevê que 95% das pessoas em risco tenham acesso a opções de prevenção apropriadas (preservativos e medicamentos), que 95% das mulheres seropositivas grávidas ou em amamentação tenham uma carga viral sanguínea indetetável graças ao tratamento e que 95% das crianças expostas ao VIH/sida sejam testadas até 2025.

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O valor foi aprovado na quarta-feira, numa reunião virtual que juntou a coordenadora global dos EUA contra a sida, Angeli Achrekar , o embaixador dos EUA em Moçambique, Peter Vrooman, e quadros do Ministério da Saúde de Maputo.

“Este investimento junta-se aos mais de 4 mil milhões de dólares [3,7 mil milhões de euros] investidos pelo Governo dos Estados Unidos para a resposta ao VIH/sida em Moçambique ao longo dos anos desde 2004”, acrescenta.

Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, Moçambique regista uma média diária de 364 novas infeções por VIH/sida, colocando o país entre os mais afetados, logo depois da África do Sul, Nigéria e Rússia.

O país tem cerca de 2,2 milhões de pessoas com a doença, um terço dos quais não estão em tratamento, segundo dados do Conselho Nacional de Combate ao VIH/sida.